Avaliação da efetividade do tratamento de crianças e adolescentes com excesso de peso no ambulatório de nutrição do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Flávia Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-30082021-121053/
Resumo: Introdução: Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) sobrepeso e obesidade são definidos como o acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal podendo causar danos à saúde. A obesidade na infância é tema de grande preocupação dado seu impacto na vida das crianças que apresentarão maior probabilidade de se tornarem obesas na vida adulta e terem sua qualidade de vida deteriorada, com o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), além de custos de assistência médica significativamente mais altos. O tratamento do excesso de peso em crianças e adolescentes deve ser individualizado e, frequentemente, necessita modificações no estilo de vida. A literatura ainda é controversa em como considerar eficaz o resultado de intervenções terapêuticas e pequenas diminuições no escore z do índice de massa corporal/idade (IMC/I) podem ser consideradas como um bom resultado, em vista das dificuldades no tratamento e da proposição de metas ideais. Objetivo: Comparar a evolução antropométrica sequencial do escore z de IMC/I de crianças e adolescentes com excesso de peso, atendidos em ambulatório de áreas de atuação pediátricas. Métodos: Estudo observacional, descritivo, prospectivo realizado em um ambulatório de especialidades e áreas de atuação pediátrica, de um hospital público e universitário. Foram analisados os prontuários de 59 pacientes com excesso de peso, com idade de 5 a < 10 anos (grupo 1) e de 10 a < 20 anos (grupo 2), com escore z IMC/I >= 1, e que apresentassem seguimento no ambulatório de nutrição pelo período de pelo 12 meses após um treinamento padronizado das nutricionistas para avaliação e orientação nutricional. Foram avaliados os seguintes dados: tempo de acompanhamento, avaliação antropométrica, classificação nutricional (escore z de IMC/I), comorbidades associadas ao estado nutricional, adesão às orientações nutricionais, prática de atividade física programada e consumo de frutas, verduras e legumes. Resultados: Analisando mudanças no escore z de IMC/I observou-se que no grupo 1, 62% dos pacientes apresentaram redução na consulta 2, após 6 meses, tendo como média uma redução de 0,58 e 85% na consulta 3, após 12 meses, com média de redução de 0,62. No grupo 2, 63% dos pacientes apresentaram redução no escore z de IMC/I na consulta 2, com média de redução de 0,33, em relação à consulta 3, 73% dos pacientes apresentaram tal comportamento, com média de redução de 0,48. Todas as reduções apresentaram significância estatística. A adesão às orientações nutricionais aumentou ao longo do tempo, diferentemente da pratica de atividade física, onde não se observaram modificações. Quanto ao consumo de frutas, verduras e legumes pode-se observar aumento da ingesta durante o período de observação. Conclusão: Um programa padronizado de perda de peso para crianças e adolescentes, em um ambulatório de nutrição com uma equipe multiprofissional, se mostrou efetivo no tratamento de excesso de peso e a utilização de marcadores antropométricos, como reduções no escore z IMC/I, pode ser útil para avaliação da efetividade e/ou avaliação de riscos para doenças cardiovasculares