Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Callou, Thais Maria Pinheiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-28012020-132322/
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Resumo: |
Introdução: A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória crônica, pruriginosa, que acomete crianças e adultos e apresenta alta prevalência mundial. Em geral, a DA está associada a manifestações extra-cutâneas de atopia como asma, rinite e manifestações oculares que podem acarretar danos visuais irreversíveis. A patogênese da DA é multifatorial, incluindo componentes ambientais, imunológicos, estruturais e genéticos. A diminuição das proteínas filagrina (FLG) e claudina-1 (CLD1) na barreira cutânea dos pacientes portadores de DA é um dos principais fatores estruturais envolvidos na gênese da doença. É possível que a alteração dessas proteínas na superfície ocular de pacientes portadores de DA possa contribuir para a gênese das alterações oculares. Objetivos: Avaliar o perfil das proteínas FLG e CLD1 e determinar a expressão do RNA-m para seus genes na superfície ocular dos pacientes portadores de DA, e correlacionar os resultados com o quadro clínico ocular, sintomas e gravidade da doença. Métodos: Células da conjuntiva bulbar dos pacientes foram coletadas por citologia de impressão e avaliadas pelas técnicas de imunofluorescência (IF) e reação em cadeia de polimerase (RT-PCR). Resultados: Detectamos aumento da expressão da FLG e da CLD1, bem como dos seus níveis de transcritos de RNAm na superfície ocular nos pacientes com DA comparados aos controles. Houve correlação negativa com a coloração com fluoresceína e correlação positiva e significativa entre a expressão da FLG e o TRFL. Conclusões: No presente estudo, as células epiteliais conjuntivais de pacientes com DA apresentaram expressão aumentada de FLG e CLD1, tanto na IF quanto no RT-PCR, em contraste com os achados cutâneos relacionados. Nossos resultados podem refletir uma resposta protetora da superfície ocular à inflamação ocular relacionada à DA e à doença do olho seco associada. Também detectamos FLG na conjuntiva de indivíduos saudáveis, um achado sem precedentes. Investigações adicionais com enfoque no papel da FLG, CLD1 e outras proteínas epiteliais na superfície ocular de pacientes com DA podem esclarecer a fisiopatologia da doença e ajudar a desenvolver terapias eficazes |