Expressão da Claudina 3 e da Claudina 4 na Endometriose Pélvica Profunda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ivete de Ávila
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
Programa de Pós-Graduação em Saúde da Mulher
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/38716
Resumo: INTRODUÇÃO: a endometriose profunda (EP) é uma forma invasiva da endometriose. As claudinas são as principais proteínas das junções entre células epiteliais cuja alteração pode estar relacionada à invasão tissular. As claudinas 3 (CLND-3) e 4 (CLDN-4 ) foram estudadas na hiperplasia e câncer endometrial com evidências interessantes para serem pesquisadas também na endometriose. OBJETIVO: avaliar a imunoexpressão das CLND-3 e CLDN-4 na EP e correlacionar com dados clínicos, bioquímicos e cirúrgicos. MÉTODO: pesquisa observacional no Laboratório de Biologia Molecular do Setor de Anatomia Patológica e Medicina Legal da FM da UFMG. Foi realizado exame imuno-histoquímica (IHQ) em 48 amostras obtidas em videolaparoscopias de 36 pacientes em tratamento de endometriose no Biocor Instituto, sendo 35 (73%) amostras de EP. A expressão na IHQ foi considerada presente (+) ou ausente (-) e a intensidade foi classificada em três categorias: fraca (+), moderada (++) e forte (+++ e ++++). O protocolo do estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) (CAAE 41327014.5.0000.5149). Os dados foram submetidos à análise estatística, foram usados o teste Z de proporção e o qui-quadrado de Pearson exato, sendo considerado significativo o p< 0,05. RESULTADOS: verificou-se positividade de expressão da CLDN-3 em 60% das amostras de EP e da CLDN-4 em 80% delas. A expressão foi maior no sítio intestinal (CLDN-3: p 0,016; CLDN-4: p 0,000). Na maioria dos sítios predominou uma expressão de intensidade fraca, tanto da CLDN-3 (75,4%) quanto da CLDN-4 (73,8%). As expressões de CLDN-3 e CLDN-4 não se associaram ao uso de hormônio no pré-operatório, índice de massa corporal (IMC), vitamina D e antígeno de câncer 125 (CA125) séricos. A CLDN-3 mostrou mais positividade no estádio mais avançado da endometriose (grave). CONCLUSÃO: foi evidenciado que as CLDN-3 e CLDN-4 estavam presentes na endometriose profunda. A expressão foi fraca, não foi influenciada por fatores clínicos ou laboratoriais, mas foi relacionada à extensão da doença. Provavelmente as claudinas estão relacionadas a potencial de invasão e crescimento da endometriose pélvica. Palavras-chave: Endometriose. Endometriose profunda. Claudina 3. Claudina 4.