Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Machado, Julianne Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-10042023-091838/
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Resumo: |
Introdução: Dermatite atópica (DA) é uma dermatose inflamatória, de caráter crônico e recidivante, com alta prevalência mundial, caracterizada por eczema localizado ou generalizado, xerose cutânea e prurido intenso. A filagrina (Filaggrin, filament aggregating protein) (FLG) é uma proteína estrutural chave que permite a diferenciação terminal da epiderme e a formação da barreira cutânea. Estudos prévios em várias populações demonstraram que mutações com perda de função no gene que codifica FLG (cromossomo 1q21) são o fator genético mais importante associado com predisposição à DA. Objetivos: Avaliar a frequência de mutações nos genes que codificam FLG e filagrina 2 (FLG2) em pacientes brasileiros com DA, bem como estudar a possível relação da presença de mutação com a gravidade do quadro. Pacientes e Métodos: A presença de mutações R501X e R2447X em FLG, e de mutações S2377X e X2392S em FLG2 foi investigada por PCR e sequenciamento por método de Sanger em 115 pacientes com DA. Os níveis de IgE total e IgE específica para alérgenos de ácaros Der p 1, Der p 2 (de Dermatophagoides pteroyssinus); Der f 1, Der f 2 (de D. farinae) e Blo t 5 (de Blomia tropicalis) foram determinados por ImmunoCAP e ImmunoCAP-ISAC, respectivamente. A gravidade da doença foi avaliada pelo índice SCORAD (Scoring Atopic Dermatitis). Resultados: Presença de mutação em pelo menos um dos genes (FLG e/ou FLG2) foi encontrada em 47 (40,9%) pacientes com DA. A mutação R501X em FLG foi observada em quatro pacientes (3,4%), enquanto que a mutação R2447X não foi identificada em nenhum paciente. A mutação S2377X foi identificada em 45/115 (39,1%) pacientes e a mutação X2392S em um paciente (heterozigoto) que também apresentou a mutação S2377X. A idade dos pacientes e o tempo de doença foram mais elevados nos pacientes com mutação em FLG e/ou FLG2. De forma não esperada, a gravidade da doença dada pelo SCORAD foi maior em pacientes sem as mutações estudadas. Não foram observadas diferenças significantes com relação a idade de início dos sintomas (mediana 9,4 e 9,5 anos); IgE total; IgE para Der p 1 e Der p 2 entre pacientes com as mutações R501X e/ou S2377X, quando comparados àqueles sem essas mutações, respectivamente. Conclusões: Em pacientes brasileiros com DA moderada a grave, a presença da mutação R501X em FLG teve frequência baixa e não mostrou associação significante com parâmetros clínicos e demográficos. Pacientes que apresentaram pelo menos uma mutação nos genes FLG e FLG2 tiveram maior tempo de doença, entretanto tiveram valores menores de SCORAD quando comparados a pacientes sem estas mutações. |