Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Turino, Célio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8161/tde-16112023-193548/
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Resumo: |
Essa tese tem como foco de estudo a Cultura Viva e o título, \"Viagem à Semente\", expressa um conceito-metáfora. Na primeira parte o tema, \"ÁRVORE, uma anamnese da Cultura Viva e dos Pontos de Cultura - Teoria, conceitos e práticas\" realiza uma arqueologia históricoanalítica da construção da política pública da Cultura Viva e dos Pontos de Cultura, promovida pelo Ministério da Cultura do Governo do Brasil a partir de 2004, seus fundamentos conceituais, metodologia e aplicação. O programa Cultura Viva é uma política pública de identidade e diversidade cultural sedimentada nos territórios a partir dos Pontos de Cultura, que exercita a alteridade em processos de gestão compartilhada e transformadora. Tanto na escala, 3.500 Pontos de Cultura espalhados pelo país e mais de oito milhões de pessoas envolvidas, quanto na formulação teórica e conceitual, foi a política pública de cultura com maior alcance na história do Brasil. A partir de 2011 os conceitos, filosofia e política pública da Cultura Viva e dos Pontos de Cultura se espalham pela América Latina, estando hoje presentes em 17 países, com o Movimento pela Cultura Viva Comunitária. A despeito dos êxitos inegáveis, enquanto os demais países da América Latina abraçavam a ideia, o programa sofreu percalços, dificuldades e desmontes justamente no Brasil, essas contradições também são analisadas na primeira parte dessa obra, bem como as estratégias de resistência e ação a partir de fora do Estado. Na segunda parte, \"SEMENTES AO VENTO - Sentido, Memória, Narrativa e Verdade\", são aprofundados conceitos decorrentes da prática, revelando a Cultura Viva em uma segunda dimensão, como filosofia da práxis, realizada em sentido amplo e coletivo, quando a aprendizagem se faz ao caminhar. Uma filosofia peripatética envolvendo milhares de pessoas, talvez milhões, em diferentes níveis de compreensão e ação. Nessa parte são apresentados os elementos fundamentais para a constituição da Cultura Viva enquanto filosofia. A depuração dos sentidos iniciada em diálogo com o senso comum; o conceito de Lugar, os fluxos e os fixos e os polissentidos e as multiidentidades; até que as comunidades, a partir da ação direta nos territórios, adquirem um senso de lugar, pelas microrresistências. Um outro conjunto de conceitos constitutivos diz respeito a legado e patrimônio, a complexidade da palavra tradição e as inevitáveis relações que precisam ser estabelecidas com a tradição e a ancestralidade, até para que aconteçam processos efetivos de transformação e emancipação social. Porém, há que passar pelo entendimento dos processos de desmemória e o perecimento da memória coletiva, bem como pelos diferentes níveis da memória, ativados pelo método da História em Anamnese, até fazer brotar as memórias em dormência. É quando a Cultura Viva precisa enfrentar as questões da colonialidade, racismo e patriarcado. Como exercício coletivo de filosofia da práxis, ou da libertação, as questões sobre narrativa e verdade, e como distingui-las. |