Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Fernanda de Jesus |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-22062012-103543/
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Resumo: |
O presente trabalho pretende depreender e analisar o posicionamento do escritor e político José de Alencar (1829-1877) em relação à educação necessária aos escravizados para que pudessem ser libertados do cativeiro, bem como compreender as concepções alencarianas sobre a importância e os objetivos da instrução articulada à ideia de civilização. Considerando-se a relevância das obras para os questionamentos levantados para análise, serão estudadas nessa pesquisa as seguintes obras literárias: os romances Til e O Tronco do Ipê, ambos publicados em 1871; e as peças teatrais O Demônio Familiar e Mãe publicadas em 1857 e 1860 respectivamente. Selecionamos também alguns dos seus discursos políticos proferidos durante sua atuação como ministro da justiça (1868-1870) e como deputado geral pela província do Ceará (1861-1863; 1869-1872; 1872-1875; 1876- 1877), levando-se em consideração os propósitos do trabalho. Dentre vários discursos dos mais variados temas serão analisados dois deles: os discursos sobre o Elemento Servil, produzidos entre 1870 e 1871, e um discurso que não trata diretamente sobre instrução, mas se liga diretamente a ela: Agricultura: Crédito Territorial e Colonização, também produzido em 1870. Pareceu-nos relevante, e até indispensável, fazermos uma leitura da sua produção autobiográfica que também nos trazem importantes relatos sobre a vida do escritor e o mais importante: sobre o cotidiano escolar da primeira metade do século XIX vivenciado por Alencar. Dentre essas fontes, temos a carta Como e porque sou romancista (1873); o prefácio Benção Paterna (1872) do romance Sonhos Douro e o texto A Comédia Brasileira (1857), são pequenos textos autobiográficos nos quais o autor deixa transparecer alguns fatos marcantes da sua infância, da juventude e do seu cotidiano escolar e tenta definir como se deu sua inclinação para o romance, o teatro e também para a política. A análise dessa produção alencariana baseia-se nas concepções de coautoria involuntária de Barthes, na simbologia e intransitividade das obras literárias levantadas por Camillot e Naxara e na articulação entre a educação proposta no período Imperial e as concepções de homogeneização cultural abordadas por Veiga. |