Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Campos, Chiára Alzineth Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-16052017-110634/
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Resumo: |
O ganho de peso gestacional inadequado é considerado importante indicador para desfechos adversos na gravidez. O baixo peso pré-gestacional e/ou ganho de peso insuficiente durante a gestação resultam em maior risco de anemia e hemorragias. Por outro lado, o sobrepeso ou obesidade pré-gestacional e ganho de peso excessivo durante a gestação implicam em maior risco para desenvolvimento de diabetes gestacional, doença hipertensiva da gestação e maior retenção de peso pósparto. Objetivos: Avaliar a associação entre ganho de peso inadequado na gestação e ocorrência de anemia, insuficiência de vitamina A (IVA) e níveis pressóricos de gestantes atendidas no pré-natal na Estratégia de Saúde da Família de Cruzeiro do Sul, Acre. Métodos: Análise de dados aninhada a estudo de coorte de gestantes, atendidas no prénatal da atenção básica à saúde, na área urbana do município de Cruzeiro do Sul, Acre. Os dados socioeconômicos, demográficos, obstétricos, de assistência pré-natal, antropométricos e de estilo de vida foram coletados entre fevereiro de 2015 e janeiro de 2016. A exposição de interesse ganho de peso gestacional foi obtida pela diferença de peso avaliada entre o segundo e o terceiro trimestres gestacionais, dividida pelo número de semanas nesse intervalo e classificada em: insuficiente, adequado e excessivo segundo critérios do Institute of Medicine USA (IOM) 2009. O desfecho de interesse foi o estado nutricional no terceiro trimestre gestacional avaliado pela frequência de anemia (hemoglobina sanguínea <110 g/L), IVA (retinol sérico <1,5 mol/L) e valores de pressão arterial em mmHg. Medidas de tendência central, intervalos com 95 por cento de confiança (IC95 por cento ) e teste do qui-quadrado foram calculados com auxílio do pacote estatístico STATA 14.0, ao nível de significância de P < 0,05. Modelos de regressão de Poisson múltiplos com variância robusta foram testados para desfechos dicotômicos (anemia e insuficiência de vitamina A). A seleção inicial de variáveis independentes para ajuste múltiplo considerou critérios estatísticos (P < 0,20) e pressupostos teóricos. Resultados: No total, 458 gestantes completaram duas avaliações durante o seguimento. Destas, 72 por cento tinham menos de 30 anos e 19 por cento eram adolescentes. No início da gestação a prevalência de sobrepeso foi de 24 por cento , obesidade e baixo peso, foram semelhantes, na ordem de 7 por cento . No terceiro trimestre gestacional, 18,7 por cento das gestantes apresentaram ganho de peso insuficiente e 59,1 por cento ganho de peso excessivo. As frequências gerais de anemia, IVA e hipertensão (pressão arterial sistólica 140 mmHg e diastólica 90 mmHg) foram de 17,5 por cento , 13,4 por cento e 0,6 por cento , respectivamente. As gestantes com ganho de peso semanal insuficiente apresentaram menor frequência de anemia (8,2 por cento ) e maior ocorrência de IVA (33 por cento ) quando comparadas às gestantes com ganho de peso adequado (19,6 por cento e 11,8 por cento ) e excessivo (19,6 por cento e 19,0 por cento ), respectivamente (teste do qui-quadrado, P <0.05). As razões de prevalências (IC95 por cento ) para anemia entre gestantes com ganho de peso insuficiente e excessivo foram 0,41 (0,18-0,93) e 1,00 (0,63-1,59), respectivamente, quando comparadas às gestantes com ganho de peso adequado (após ajuste por idade, escolaridade e uso de suplementos de vitaminas e minerais). Já para IVA, a prevalência foi maior entre gestantes com ganho de peso insuficiente (2,85; IC95 por cento : 1,55-5,24) e excessivo (1,53; IC95 por cento : 0,84-2,74) quando comparadas às gestantes com ganho de peso adequado (após ajuste por idade, escolaridade e uso de suplementos de vitaminas e minerais). As gestantes com ganho de peso excessivo apresentaram valores médios de pressão arterial sistólica maiores (111,10; IC95 por cento : 109,9-112,2) quando comparadas às gestantes com ganho de peso insuficiente (107,50; IC95 por cento : 105,4-109,6) e adequado (106,20; IC95 por cento : 104,3-108,20). Conclusões: O ganho de peso semanal insuficiente ou excessivo entre segundo e terceiro trimestres gestacionais foram associados ao estado nutricional no terceiro trimestre de gestação. Estratégias visando monitoramento do ganho de peso gestacional com incentivo à alimentação saudável e prática regular de atividade física são necessárias durante toda a atenção e cuidado pré-natal |