Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Holland, Héric |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-30032017-111830/
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Resumo: |
Introdução: O ganho de peso interdialítico (GPID), aquele ganho entre sessões de diálise, pode ser considerado um preditor da qualidade de vida e da mortalidade em pacientes de hemodiálise (HD). Fatores nutricionais podem estar envolvidos na preservação ou piora destes parâmetros e estas relações não estão investigadas detalhadamente. Objetivo: Este estudo objetivou avaliar o estado nutricional e composição corporal de pacientes em hemodiálise, em relação ao GPID. Métodos: Foi um estudo transversal, com 102 pacientes em HD, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 80 anos e sem quadros agudos de infecção e/ou inflamação, foi realizado em dois centros de diálise, no Hospital das Clínicas e no Serviço de Nefrologia ambos na cidade de Ribeirão Preto - São Paulo. Após o tratamento dialítico, foi avaliado o estado nutricional por meio de dados antropométricos (índice de massa corporal, circunferência da cintura, circunferência do quadril, dobras cutâneas e dinamometria manual) além do uso da análise subjetiva global de 7 pontos, de dados de ingestão alimentar avaliados por registro alimentar de 24 horas e de dados bioquímicos e a composição corporal foi avaliada utilizando a bioimpedância unifrequencial - BIA, a análise de bioimpedância vetorial - BIVA e a bioimpedância multifrequencial por espectroscopia - BIS. Resultados: Pacientes com maior ganho de peso interdialítico apresentaram significativamente maior índice de massa corporal (24,5±4,1 vs 28,8±5,5kg/m²), excesso de gordura corporal (22,7±9,5 vs 31,7±14,4kg), sendo evidenciada uma predominância da gordura na região abdominal (91,3±10,8 vs 101,5±15,1cm), de água corporal total (33,4±7,7 vs 40,1±8,6L) e água extracelular (15,1±3,4 vs 18,1±4,2L) além do maior consumo de sódio (2278±755 vs 2906±650mg) e de gorduras (59,8±17,6 vs 71,8±23g). A BIA superestimou a quantidade de água corporal nos pacientes em HD e, consequentemente as massas corporais hidratadas. Ao comparar os valores de BIVA vs BIS foi evidenciada apenas uma fraca concordância (kappa = 0,34). Conclusão: Pacientes com maior GPID além de mais água extracelular apresentam maior gordura corporal e consumo de alimentos ricos em gordura e sódio. A BIS pode ser um método que melhor avalia pacientes em HD com sobrecarga hídrica e desta forma, poderia auxiliar no manejo do GPID, individualizando o cuidado nutricional destes pacientes e propiciando maior qualidade de vida. |