Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Pigozi, Pamela Lamarca |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-12052017-113429/
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Resumo: |
Introdução: A produção de cuidado direcionada aos adolescentes envolvidos em situações de bullying é necessariamente intersetorial. Deste modo pode ocorrer não somente na escola, mas no setor saúde e na comunidade. Objetivo: Cartografar a produção de cuidados de forma intersetorial aos adolescentes envolvidos em situações de bullying. Método: O método da cartografia possibilita acompanhar processos e percursos e se dá de três formas: ao acessar a experiência, ao disparar acontecimentos inéditos por meio da interação do coletivo e ao produzir efeitos. É desta forma que a pesquisa-intervenção aconteceu nesta tese por meio da construção de mapas de cuidados, de afetos, de diálogos, de opiniões, de acontecimentos nunca antes pensados. A cartografia possibilita o uso de ferramentas metodológicas ou dispositivos. O lugar do pesquisador neste processo é facilitar o uso desses dispositivos que, por sua vez, disparam os analisadores ou problemas. Nesta pesquisa, três dispositivos, em diferentes cenários, foram usados: a entrevista, com um adolescente (em sua casa); o fluxograma analisador, com os profissionais de saúde de uma equipe da Estratégia de Saúde da Família, e rodas de conversas, com professores do Ensino Fundamental. Além destes elementos, o diário de campo também foi utilizado para registrar cenas do cotidiano dos participantes. Aplicar tais ferramentas nesses três espaços veio como uma aposta para compreender a produção de cuidado ao adolescente que sofre bullying em uma rede intersetorial. Resultados: Todos os cenários produziram cuidado ao adolescente que estava envolvido em situações de bullying. Porém, tal cuidado, muitas vezes, pulsava e noutras, minguava. Além disso, o uso de dispositivos inaugurou nos coletivos novas possibilidades de produzir cuidado. O adolescente falou sobre seus percursos em busca de ajuda e de seu autocuidado. Os profissionais da saúde, ao visualizar o trajeto do adolescente, por meio do fluxograma analisador, repensaram formas engessadas de fazer saúde, nas quais molecularidades nunca antes imaginadas emergiram e os fizeram construir um cuidado com outras possibilidades de vida, para além do diagnóstico médico. Já os professores do Ensino Fundamental compartilharam cenas do cotidiano escolar com os colegas de trabalho; tal ato possibilitou a criação de novas formas de amparar o adolescente que é vítima de tal violência na escola. Além disso, depararam-se com questões institucionais limitadoras atreladas à gestão. Discussões permitiram que todos opinassem e verbalizassem seus incômodos e esta forma possibilitou rearranjos no funcionamento daquele coletivo. Conclusões: O cuidado ao adolescente envolvido com o bullying mostrou-se oscilante na intersetorialidade. Entretanto, por meio da cartografia, houve intervenção nos três cenários, inaugurando outras formas de cuidar do adolescente. |