Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Leme, Patrícia de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-05022020-181927/
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Resumo: |
O presente trabalho investiga a noção de perda a partir das tensões constitutivas da escrita de Jorge Luis Borges. Para tal, seu foco recai sobre uma posição enunciativa constante na obra borgeana: em muitas de suas narrativas, por exemplo, a experiência-limite vivenciada em um tempo passado é trazida ao tempo da enunciação, mas, paradoxalmente, tal gesto só virá a reafirmar a inacessibilidade do fato narrado àquele que enuncia. Esse circuito entre perda e escrita, constitutivo dos contos e das demais formas literárias eleitas por Borges, é desdobrado ao longo desta leitura por meio de dois segmentos: o primeiro se dá no espaço literário aberto por El aleph, no qual o narrador revela ser o escritor da narrativa em processo; o segundo emerge quando se postula a cegueira borgeana como uma metáfora da perda em sua obra, elemento que produz importantes efeitos de leitura. Nessa perspectiva, Édipo em Colono, última tragédia de Sófocles, é tomada como referência a esta investigação: tal como Édipo, Borges está também inscrito em um destino inelutável, relação que, já traçada textualmente pelo próprio autor, aprofunda esta leitura. De forma analógica, esse percurso encontra um lugar teórico relevante para a sua investigação no campo psicanalítico, área do saber que, ao iluminar a posição final do herói trágico, permite uma elaboração consistente quanto ao estatuto da perda na escrita borgeana. |