[pt] AS FORMAS DA INFÂMIA: POLÍTICA E ESTÉTICA NA OBRA DE JORGE LUIS BORGES (1921-1955)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: GUSTAVO NAVES FRANCO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=14753&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=14753&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.14753
Resumo: [pt] O trabalho é apresentado como uma contribuição à bibliografia crítica sobre a obra de Jorge Luis Borges, enfocando aspectos políticos da trajetória intelectual do autor, e conferindo-lhes uma relevância específica em sua produção literária. A princípio, são analisados poemas e ensaios publicados por Borges na década de 1920, em sua vinculação a um projeto romântico de renascimento da raça criolla, que teve seu auge no momento da reeleição de Hipólito Yrigoyen à presidência da Argentina, em 1928. Já em 1930, no entanto, o fracasso desta experiência e o processo de degradação do ambiente político mundial trariam uma decisiva inflexão na postura de Borges. A partir daí, seria configurada uma mais duradoura identificação do escritor com um conjunto de práticas e valores associados ao século XIX e à tradição britânica, por ele recebidos através da leitura de diversos autores, sobretudo G. K. Chesterton. Simultaneamente, foi constatado que, com o agravamento da crise européia, seus comentários em revistas e jornais portenhos se voltam para a crítica e a sátira de projetos utópicos de organização social, de matriz francesa ou germânica, ambos atrelados a paradigmas estéticos (o primeiro ao articular os princípios da l’art pour l’art com o argumento pacifista, e o segundo apropriando-se de hábitos expressionistas, em um programa de renascimento da raça ariana). A delimitação destas três vertentes justifica uma leitura dos contos escritos por Borges na primeira metade da década de 1940, com ênfase para seu viés paródico, mas neles notando também o reconhecimento da derrocada dos padrões morais, estéticos e políticos do legado inglês. Enfim, foi examinado o diálogo de Borges com a literatura norte-americana, na medida em que ele teria encontrado aí a representação de uma nova imagem do mundo, à qual estariam associados contos como La biblioteca de Babel e El Aleph.