Por uma pedagogia da autonomia: Bakhtin, Paulo Freire e a formação de leitores autorais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Garcia, Diogo Basei
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-22062012-104120/
Resumo: Trata-se de uma dissertação de mestrado baseada em pesquisa qualitativa, realizada pelo pesquisador / professor, e que investigou suas práticas pedagógicas apoiadas em Mikhail Bakhtin e Paulo Freire. O estudo de caso ocorreu em uma escola estadual localizada no município de Taboão da Serra e consistiu em uma sequência didática montada pelo pesquisador / professor, ancorada no ensino de leitura e no trabalho com textos, e aplicada em suas aulas do 7º ano na disciplina de História. O objetivo da pesquisa foi observar o percurso dos estudantes, comparando as atividades iniciais e as atividades finais da sequência didática. Dessa maneira, foram investigados indícios do deslocamento do sujeito e da desestabilização de seu mundo autocentrado, estimulados pela ação pedagógica e pelo embate entre as vozes mobilizadas na sequência. A observação em sala de aula e a análise documental foram os procedimentos metodológicos mais adotados para a pesquisa. O pesquisador / professor se utilizou, como fundamentos teóricos, conceitos e noções de Bakhtin, tais como dialogismo, polifonia, exotopia e forças centrípetas / centrífugas. Contribuíram para a elaboração da concepção do sujeito e do mundo contemporâneos utilizada na pesquisa, autores como Vilém Flusser e Dany-Robert Dufour. O primeiro, discutindo a emergência de uma sociedade programada por aparelhos e mediada pelas chamadas imagens técnicas; o segundo, descrevendo o processo de dessimbolização dos sujeitos induzido pela telemática e pelas relações forjadas pelo Mercado. Os resultados mostram que a assunção de novas perspectivas, bem como a compreensão de outros universos culturais, provocam no sujeito-aluno um movimento de abertura para o mundo, para a diversidade e para a heterogeneidade, criando condições para a reflexão e a crítica sobre si e sobre sua própria cultura. Dessa forma, a prática docente orientou-se para uma pedagogia da autonomia nos moldes traçados por Paulo Freire.