Jogo de mestre: as formas do lúdico no romance de Machado de Assis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Lima, Djalma Espedito de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-25042013-103614/
Resumo: Esta pesquisa enumera os principais jogos encontrados no romance de Machado de Assis, assim como descreve os modos de representação do lúdico na construção de seu imaginário. Na prosa do autor, a sociabilidade da matéria histórica representada é exposta em situações ficcionais que demandam uma interpretação integrativa, incluindo nesta o ponto de vista do lúdico. O jogo participa da ficção machadiana ora como objeto cenográfico, ora como metáfora das relações sociais. Além disso, o jogo pode dinamizar a interação das diversas instâncias ficcionais de produção e recepção. O vocábulo jogo é entendido aqui antes de tudo como um vetor lúdico, isto é, como componente capaz de relacionar elementos textuais com imagens de jogos, metáforas que presidem os modos de construção ficcional. Assim, o conceito alvitrado nesta pesquisa contempla os diversos planos de ficcionalização do texto. Relações lúdicas definem motivações primárias dos personagens, tais como o jogo de sedução, o jogo de empulha, e o jogo de predição; estabelecem parâmetros para a estilização do texto, por meio de artifícios da escrita, como a paródia, pastiche, citação, charada, autorreferenciação, metáfora, iconização tipográfica e jogo do narrador com o leitor. A leitura destas estruturas lúdicas permite a descoberta de novos percursos interpretativos. Deste modo, o corpus selecionado para este trabalho de pesquisa é definido preferencialmente por situações ficcionais lúdicas nos romances machadianos que suscitam comentários relevantes para os diversos sentidos de cada narrativa. No desdobramento destas questões, podem ser desenhados traços formativos da sociedade e do homem representados, assim como se percebe a ironia orientadora do juízo do autor na interação de autores ficcionais, narradores e leitores.