Variação somaclonal em caracteres agronômicos em progênies de plantas de arroz regeneradas a partir de protoplastos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Silva, Edson Ferreira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20200111-124651/
Resumo: O melhoramento do arroz no Brasil é uma atividade recente. Todas as cultivares recomendadas, até então, foram obtidos por metodologias convencionais de recombinação seguida de seleção, ou por introdução. A variabilidade genética é um requisito de fundamental importância para que sejam selecionados genótipos a serem recomendados como cultivares. Neste contexto, a variação somaclonal é uma das metodologias não convencionais que poderão contribuir para essa finalidade. O presente trabalho foi desenvolvido com a finalidade de avaliar e selecionar possíveis variantes, decorrentes de variação somaclonal, para caracteres agronômicos em progênies de plantas regeneradas de protoplastos de escutelo de sementes germinadas das cultivares de arroz de sequeiro IAC 201 e IAC 165. As progênies das cultivares foram avaliadas nas gerações R3 e R4 em experimentos distintos delineados em blocos aumentados durante os anos agrícolas de 1996/97 e 1997 /98. Os blocos foram constituídos de 30 tratamentos, dos quais três eram testemunha IAC 165, IAC 201 e Guarani. As progênies foram avaliadas quanto ao ciclo ate o florescimento, altura de planta, comprimento de panícula, número de espiguetas por panícula, fertilidade, produção e peso de 1000 grãos. Através da análise de variância, detectou-se diferenças significativas apenas para os caracteres fertilidade e peso de mil grãos para as progênies de ambas as cultivares. No entanto, as que mostraram alterações para fertilidade tiveram redução do caráter em relação às cultivarem originais, sendo, portanto indesejáveis para o melhoramento. Já as alterações para peso de 1000 grãos ocorreram nas mesmas progênies que tiveram alteração para fertilidade. Os grãos tornaram-se maiores e com arista, tendo manifestação fenotípica de poliplóides. Os CVs foram, de um modo geral, de magnitude baixa a intermediária. Estes resultados permitem inferir que para estudos com essa finalidade, utilizando-se esse delineamento, deve-se dar preferência ao uso de parcelas de tamanho maior no sentido de aumentar a precisão experimental, já que não há repetição dos tratamentos regulares. Os coeficientes de herdabilidade variaram de médio a baixo dependendo do caráter, sendo os maiores valores estimados para fertilidade e peso de mil grãos nas progênies de ambas as cultivares nos respectivos anos agrícolas e o menor para ciclo até o florescimento. O índice b mostrou-se também, como já era de se esperar, valores abaixo da unidade para todos os caracteres. Os valores obtidos para os parâmetros genéticos são indicativos da baixa variabilidade genética disponível nesses caracteres, inferindo-se assim que a regeneração de plantas a partir de protoplastos de escutelo primário destas duas cultivares num período de cultivo in vitro de aproximadamente 60 dias não gerou variabilidade esperada para os caracteres de interesse agronômico estudados