Obliteração de cavidades mastoideas com aloenxerto ósseo particulado congelado em cirurgias revisionais de otite média crônica colesteatomatosa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Fonseca, Anna Carolina de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5143/tde-04082016-163722/
Resumo: Objetivo: Avaliar o controle da supuração de cavidades mastoideas após cirurgia revisional e obliteração de mastoide com aloenxerto ósseo particulado congelado (AOPC). Desenho do estudo: Exploratório, prospectivo, tipo série de casos. Pacientes: Dez adultos selecionados entre pacientes já submetidos à cirurgia de mastoidectomia cavidade aberta ou fechada para tratamento de otite média crônica colesteatomatosa e que tinham indicação de cirurgia revisional. Intervenção: Revisão de mastoidectomia e obliteração da cavidade com AOPC, material de preenchimento de baixo custo obtido de um banco de tecidos. Desfecho(s): Desfecho primário: controle da supuração. Desfechos secundários incluem: integração do AOPC na cavidade mastoidea, presença de colesteatoma residual ou recorrente, resultados audiológicos, complicações pós-operatórias, tais como infecção e extrusão do enxerto, e qualidade de vida após o procedimento medida com a escala de resultados de Glasgow (ERG). Resultados: O tempo médio de seguimento foi de 28 meses. Sete pacientes apresentaram o ouvido seco, em média, 8 semanas após a cirurgia. Três pacientes desenvolveram exposição do enxerto ósseo seguido de infecção e extrusão do material de preenchimento. A densidade média do enxerto ósseo no local da obliteração foi de 755.35 unidades Hounsfield medida na tomografia realizada após um tempo médio pós-operatório de 31 meses. A porcentagem do volume mastoideo obliterado foi de 75 a 100% em 6 casos e de 50 a 75% em 1 caso. Nos 7 pacientes, houve um aumento na densidade óssea durante o período de seguimento. Um paciente apresentou colesteatoma epitimpânico recorrente (0,5cm) identificado na ressonância magnética 1 ano após a cirurgia, embora este não estivesse na área de obliteração. A audição foi preservada em 80% dos pacientes 12 meses após o procedimento. A qualidade de vida melhorou em todos os pacientes, com média do escore ERG de 52, em escala que varia de -100 a +100. Conclusões: Este estudo demonstrou que o AOPC pode ser usado como material de preenchimento na obliteração mastoidea para se obter um ouvido seco, apresentando boa integração na mastoide e manutenção da densidade óssea