Sintomas geniturinários em mulheres com câncer de mama em tratamento quimioterápico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Tomadon, Aniele
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-06072020-154500/
Resumo: Introdução: O câncer de mama representa a neoplasia mais incidente em mulheres, com projeção para representar 29% de todos os tipos de câncer para o biênio 2018-2019 no Brasil. A quimioterapia é a modalidade terapêutica mais utilizada para o tratamento desta neoplasia, utilizando-se largamente a droga ciclofosfamida, a qual apresenta diversos eventos adversos, dentre eles a supressão gônodal que pode induzir ou intensificar os sintomas menopausais. Objetivo: Analisar a qualidade de vida e ocorrência de sintomas geniturinários durante o tratamento quimioterápico adjuvante com os esquemas FAC; AC-T, CMF ou TC para câncer de mama. Método: Estudo prospectivo que avaliou mulheres antes (T0) e 30 dias após a realização do tratamento quimioterápico(T1). Foram avaliadas quanto ao status menopausal, a força e resistência exercida pelos músculos do assoalho pélvico com o perineômetro, além, de responderem a um questionário sociodemográfico, escala de avaliação da menopausa e o ICIQ-SF. Os dados foram analisados por meio de testes com qui-qradrado, teste t, análise multifatorial para medias repetidas, LSD-Fisher e análise de componentes principais. Resultados: A média de idade foi de 46,3 anos (DP± 5,77), as caraterísticas de maior prevalecia foram a hipertensão arterial (35%), carcinoma ducal infiltrante (90,2%), e estadiamento clinico em IIA (40%). Anterior a quimioterapia 60% das mulheres apresentavam ciclos menstruais regulares, mas nenhuma manteve a regularidade após quimioterapia tornaram-se amenorreicas. A escala de avaliação da menopausa apresentou piora significativa dos sintomas menopausais quando comparados T0 e T1(p<0,05) e quanto ao ICIQ-SF todas as mulheres apresentaram aumento significativo das médias do score final (p<0,001), demonstrando piora dos sintomas urinários e qualidade de vida. Os valores de contração rápida e lenta verificados com o perineômetro em T0 apresentaram redução significativa em T1 (p<0,05) e observou-se aumento da incidência de incontinência urinária de esforço. A análise dos componentes principais sintetizou os resultados mostrando que as variáveis obtidas pela perineometria, Escala de avaliação de menopausa ICIQ-SF não diferiam entre grupos de quimioterapia, status menopausal e número de partos (p>0,05), porém ao longo das avaliações, entre T0 e T1, houve diferença estatística (p<005). Conclusão: A exposição ao tratamento quimioterápico contendo ciclofosfamida, independente de outros fatores aqui avaliados, promove alterações geniturinárias