Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Ladeira, Gustavo Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96131/tde-06062024-143041/
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Resumo: |
Este trabalho investiga a relação entre a composição de gênero das chapas eleitas em eleições municipais e indicadores de violência contra mulheres. Utilizando dados do Tribunal Superior Eleitoral e do Datasus para o período de 2009 a 2020, utiliza-se um desenho de regressão descontínua em eleições acirradas, permitindo a aleatorização da composição de gênero das chapas. Esta abordagem possibilita identificar uma relação causal da presença feminina nas chapas ao comparar chapas compostas exclusivamente por homens com aquelas que incluem pelo menos uma mulher, seja na posição de prefeita ou vice-prefeita. No primeiro caso, os resultados são ambíguos, sugerindo que a presença de uma mulher como líder da chapa pode causar tanto um aumento quanto uma diminuição na incidência de assassinatos contra mulheres, a depender do período e do local do crime. Por outro lado, o efeito é nulo quando as mulheres ocupam posições menos proeminentes como vice-prefeitas, o que sinaliza as limitações na atuação e influência desses cargos. Estes achados contribuem para o debate sobre a eficácia da representação política feminina em posições menos proeminentes de liderança, avançando na literatura sobre representatividade política, gênero e violência, e enfatizando a necessidade de explorar mais a fundo o papel dos vice-prefeitos, uma dimensão ainda pouco investigada. |