As experiências do feminino na política: percepções e atuações de prefeitas paraibanas.
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1325 |
Resumo: | A tese discute as representações simbólicas da participação da mulher na política, para tanto faz um percurso teórico sobre as experiências de mulheres nas lutas femininas no Brasil e o contexto de submissão e desigualdade de direitos para a entrada delas na política formal. Entendemos que o estudo deste percurso se faz necessário para compreendermos a difícil e cultural participação das mulheres nos espaços de poder no país nas esferas municipal, estadual e nacional. Para isso, nosso objeto de análise se detém aos relatos de cinco prefeitas paraibanas sobre a política formal. São elas: Pollyana Yasnaia (PT) prefeita reeleita em 2012 na cidade de Pombal PB; Ednacé Henrique, prefeita reeleita em 2012 no município de Monteiro – PB; Euda Fabiana, prefeita reeleita em 2012 em Cuité – PB; Luzinectt Costa, prefeita reeleita em 2012 em Barra de São Miguel – PB e Rosângela Leite, prefeita eleita em 2012 em Desterro – PB. Foi necessária a realização de uma pesquisa qualitativa sobre a inserção das mulheres na política formal, em que o entendimento dos valores morais e simbólicos nas falas que coletamos foram imprescindíveis ao nosso estudo. Neste sentido, a “entrevista” foi uma técnica importante para que pudéssemos entrevistar as prefeitas e estudar as falas delas como um rico conjunto simbólico. A nossa hipótese é de que as mulheres quando no exercício do poder público continuam reproduzindo o poder histórico da prática política dos homens. Percorremos o objetivo de afirmar que mesmo alcançando determinado cargo público tais mulheres assim o conquistam pela força das relações de parentesco. Apesar disso, acreditamos que é uma vitória para as mulheres assumirem cargo público de poder político, tal como a prefeitura de uma cidade, mas também acreditamos que ao assumir reproduzem estereótipos da mulher na sociedade. Ou seja, as prefeitas assumem uma postura da imagem da mulher culturalmente arraigada nas suas práticas de diferença em relação ao homem: são mais sensíveis, tem um olhar mais clínico, têm a capacidade de fazer muitas tarefas ao mesmo tempo, são mais comedidas, são cuidadoras, e são as mães do povo. A pesquisa buscou compreender a ideia de que a presença da mulher neste espaço de poder, na Paraíba, reproduz o poder masculinizado da política, uma vez que as práticas tradicionais exercidos pelos “donos do poder” são reproduzidos por estas mulheres, a exemplo do assistencialismo social, do uso da “fé religiosa” e da imagem da “mãe pátria”, tais atributos contribuem para angariar votos e com isso perpetuar o poder de família no grupo político do município e região. Tais práticas corroboram para a reprodução de estruturas de poder político e econômico que se constituíram historicamente no Estado e agora estão reproduzidas na atualidade a partir, também, da “entrada” delas na política. |