Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Paes Neto, Pedro Pinheiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-19012012-133007/
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Resumo: |
A aids entrou na terceira década e, cada vez mais, encontra-se presente em ambos os gêneros, em todas as faixas etárias, etnias e camadas sociais. O uso das terapias antirretrovirais de alta potência (HAART) permitiu que a aids se tornasse uma doença crônica, aumentando a longevidade e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV/aids. O novo cenário da doença não foi acompanhado da criação de novas técnicas de atendimento nos serviços especializados de saúde, que favoreçam as estratégias individuais de enfrentamento da doença, bem como, os efeitos colaterais do uso prolongado da HAART, que incluem a síndrome da lipodistrofia (SL), a depressão, a ansiedade e o preconceito. Objetivo: pesquisar pessoas que vivem com HIV/aids, que sofrem os efeitos colaterais do uso da HAART e que buscam o sentido da vida. Propomos, então, desenvolver programa socioeducativo e terapêutico de treinamento físico específico para este grupo de pessoas, investigando a aplicabilidade e benefícios da utilização desta técnica educativa para a promoção da saúde e da qualidade de vida. Metodologia: pesquisa de natureza qualitativa, mediatizada pela pesquisa-ação. Trabalhamos com sete pessoas que vivem com HIV/aids, com uso de HAART e com SL, de ambos os gêneros, com idade entre 37 e 56 anos, responderam questionários referentes às diferentes variáveis sobre qualidade de vida e foram submetidas a 36 sessões de um programa socioeducativo e terapêutico de treinamento resistido (musculação). Resultados: os participantes deste estudo apresentaram melhoras em vários indicativos de qualidade de vida, quando comparados ao período anterior da descoberta da contaminação pelo HIV, principalmente nos aspectos físicos e psicológicos, destacando o preconceito como principal problema enfrentado por eles. Observamos que o treinamento resistido (musculação) é perfeitamente compatível com as limitações decorrentes da aids e do uso da HAART, como a SL, estimulando a diminuição da gordura corporal, o aumento da massa muscular, a socialização, o combate à depressão e ansiedade. Considerações: os participantes deste estudo valorizam a vida depois da doença, evidenciam a aids e o HIV como sinônimos, doença social injusta e perigosa, discriminatória e que isola. Gostam de lazer e são motivadas pela prática de atividades físicas. No hospital, fruto da pesquisa, desenvolveram o treinamento de musculação, que os ajudou a controlar o estresse, vários indicadores da doença, a educar para a saúde e a ressocialização, melhorando a qualidade de vida. Daí, a sugestão da implantação de programas regulares de atividades físicas para pessoas com HIV/aids, inseridos nos serviços de atendimento especializados, servindo como importante estratégia de enfrentamento da doença e fonte de melhoria das condições físicas e psicossociais de seus praticantes. |