Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Santos, Wlaldemir Roberto dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-26092013-195008/
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Resumo: |
A terapia antirretroviral (TARV) modificou a aids de uma doença letal para crônica. Contudo, efeitos adversos surgiram, entre eles, a síndrome da lipodistrofia, má distribuição da gordura corporal e alterações metabólicas. Potencializando o estigma da doença e pode levar ao abandono do uso da TARV, devido à \"desarmonia\" corporal causada pela infecção. Não existe tratamento para a síndrome da lipodistrofia. Porém, a literatura descreve que o treinamento de força (TF) ajuda no controle das alterações. Com isso, o presente estudo teve como objetivo avaliar o impacto do treinamento de força na síndrome da lipodistrofia em pessoas vivendo com HIV. Foram selecionados 40 pacientes, atendidos na Unidade Especial de Terapia de Doenças Infecto-contagiosas (UETDI) do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP/USP). Desses, 20 formaram o grupo treinado (praticaram o TF) e 20 o grupo caso (não praticaram o TF). Todos os pacientes selecionados para participar do estudo foram submetidos a 36 sessões de TF. Antes e após o período de treinamento, os pacientes foram submetidos à analise da composição corporal (absorciometria radiológica de dupla energia - DXA e perimetria), dosagens bioquímicas (níveis séricos de glicose, triglicerídeos, colesterol total e frações) e testes imunológicos (carga viral do HIV e contagem de linfócitos TCD4+). Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva expressado por valores de média e desvio padrão, com significância previamente estabelecido (p<0,05). Os resultados mostraram que, no grupo treinado houve um aumento significante da contagem de linfócitos TCD4+ (p=0,009) com redução da carga viral (p=0,010). Sobre as alterações metabólicas, no grupo treinado observou-se diminuição dos níveis séricos de glicose, triglicerídeos, colesterol total, fração LDL, e aumento da fração HDL, resultados positivos comparados aos valores do grupo caso. Na composição corporal, o DXA evidenciou redução significantemente da massa gorda nos membros superiores (MMSS, p=0,049). Fato que pode enfatizar lipoatrofia. Contudo, no tronco, a massa gorda mostrou redução maior no grupo treinado, igualmente ocorrendo com a circunferência abdominal e da cintura, o que pode evidenciar a redução da lipohipertrofia. Por outro lado, a massa magra aumentou de maneira significante nos MMSS (p=0,000), tronco (p=0,007) e total (p=0,007). Melhorando a composição corporal e, consequentemente, a harmonia corporal. Evidenciando a melhora da composição corporal, a circunferência nos braços (p=0,024) e nas coxas (p=0,012) aumentou de maneira significante. A densidade mineral óssea (DMO) aumentou significantemente no grupo treinado em todas as variáveis medidas: coluna lombar (p=0,001), colo do fêmur direito (p=0,003) e antebraço esquerdo (p=0,001). Já o grupo controle não obteve variações na coluna lombar e apresentou redução significante de colo do fêmur direito (p=0,020) e antebraço esquerdo (p=0,015). Assim, o estudo mostrou que o TF tem impacto na síndrome da lipodistrofia, favorecendo o sistema imunológico, controlando as alterações metabólicas, aumentando a DMO, ampliando a harmonia corporal e, possivelmente, melhorando a qualidade de vida e aumentando a sobrevida de pessoas que vivem com HIV. |