Avaliação dos tecidos peri-implantares: estudos clínicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Nícoli, Lélis Gustavo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154107
Resumo: O objetivo do presente estudo foi investigar a ocorrência das doenças peri-implantares e a influência de possíveis fatores de risco utilizando duas abordagens metodológicas diferentes. Inicialmente realizou-se um estudo retrospectivo para avaliar a sobrevivência e o sucesso de implantes com superfície tratada com ataque ácido após 8 a 10 anos de função. Quarenta e quatro pacientes e 183 implantes foram incluídos. Dados demográficos, sistêmicos e comportamentais foram obtidos seguidos da avaliação clínica periodontal, peri-implantar e radiográfica realizados em uma única sessão. Nesse estudo relatou-se, nos 183 implantes avaliados, um índice de sobrevivência e sucesso de 97,3% e 84,7%, respectivamente. Dos implantes sobreviventes, 51% apresentavam mucosite e 11% peri-implantite. Posteriormente investigou-se, em um estudo prospectivo, a incidência de mucosite e perda óssea peri-implantar após 1 ano em função. Foram incluídos 56 pacientes totalizando 180 implantes. O exame clínico periodontal e peri-implantar seguido de radiografias periapicais padronizadas foi realizado 15 dias após a instalação das próteses e após 3, 6 e 12 meses de função. Com essa abordagem, observou-se uma incidência de 44,8% de mucosite peri-implantar, porém nenhum caso de peri-implantite foi observado nos 180 implantes avaliados. Implantes com conexão hexagono interno apresentaram incidência de mucosite significativamente maior após 1 ano de acompanhamento. Ademais, uma média de perda óssea peri-implantar de 0.35 ± 1.89 mm foi observada, porém nenhum dos fatores relacionados ao paciente/implante investigados nesse estudo foram associados a perda óssea marginal. Em conclusão, implantes com superfície tratada com ataque ácido apresentam alto índice de sucesso e sobrevivência após 8 a 10 anos de acompanhamento. Implantes com conexões do tipo hexágono interno apresentaram maior incidênciad de mucosite após 1 ano de acompanhamento. Além disto, não houve influência dos fatores relacionados ao paciente e/ou aos implantes e a perda óssea peri-implantar nesse estudo.