Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Brianezi, Daniela Iona |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-26052014-103401/
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Resumo: |
Esta dissertação apresenta um estudo discursivo de determinados aspectos do Diccionario panhispánico de dudas (DPD), obra publicada em 2005 pela Real Academia Española (RAE) e a Asociación de Academias de la Lengua Española (ASALE). Tomamos como base teórica a articulação feita no Brasil entre a Análise do Discurso de linha materialista e a História das Ideias Linguísticas (HIL). Nesse contexto, consideramos o dicionário como um instrumento linguístico (AUROUX, 1992), inserido em determinadas condições de produção fato este que nos permite abordá-lo como um objeto discursivo (ORLANDI, 2007). Deste modo, analisamos recortes de sua materialidade incluindo seu paratexto (GENETTE, [1987] 2009) e sua nomenclatura a fim de detectar gestos que trabalham a relação deste instrumento com as rotinas de funcionamento da memória da/na língua (PAYER, 2006). Organizamos nossa análise em duas partes. Na primeira, abordamos elementos que consideramos ser o entorno do dicionário: a página inicial dos sites no qual pode ser consultado e sua capa. Nesse movimento, impôs-se a necessidade de analisarmos a relação que designamos como contraditória (PECHEUX, 1990) entre suas instituições autoras a RAE e a ASALE pelo fato de o nome e os emblemas destas constarem na referida capa. Em seguida, ainda nesta parte, analisamos seus textos introdutórios observando como se constrói neles a imagem de dúvida e como a ela se entrelaçam as de sujeito e de língua. Na segunda parte, o foco está na nomenclatura desse mesmo dicionário. No recorte que fazemos observamos, primeiramente, que se destaca, em número, a classe dos 9 topónimos e extranjerismos, o que se vincula a um viés importante no funcionamento da política pan-hispânica: a relação da língua espanhola com outras línguas. Além disso, detectamos como, na materialidade desse objeto, é resolvida a dúvida; aspecto este que nos levou a colocá-lo em relação com o Diccionario de la Lengua Española (DRAE), abordando, fundamentalmente, a relação que se trava entre ambos instrumentos linguísticos no jogo de uma política de língua(s) (ORLANDI, 2007). Na trama das diversas análises realizadas ao longo desta dissertação detectamos, então, alguns dos gestos mais regulares que, nos instrumentos linguísticos abordados, afetam o funcionamento do que chamamos memória da/na língua. |