Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Vinicius Queiroz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-15062020-160912/
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Resumo: |
Para os vertebrados, o sistema circulatório pode ser visto como um sistema integrador. Entre os papéis desempenhados diretamente por ele, através do sangue e seus componentes, um dos mais importantes é a identificação de partículas e/ou substâncias estranhas. Nesse contexto, as células sanguíneas (especificamente os leucócitos) são responsáveis por cumprir essa missão. Nos invertebrados, dentro de suas restrições, o sistema circulatório também desempenha funções semelhantes realizadas por suas células circulantes. Dependendo do grupo, essas células são denominadas hemócitos de coelomócitos. Para os equinodermos, os celomócitos (as células livre circulantes na cavidade celelômica) estão envolvidas na maioria das reações imunes, sendo os principais responsáveis pela luta contra corpos e substâncias estranhas. No entanto, diferentemente dos vertebrados, o nível de conhecimento sobre os efetores imunes dos equinodermos é consideravelmente menor. Mesmo para o Echinoidea - o grupo mais bem estudado em Echinodermata - os aspectos básicos ainda precisam ser mais detalhados. Perguntas básicas como a diversidade de células da classe Echinoidea, o número real de subpopulações de células em ouriços do mar e o papel fisiológico de algumas subpopulações (e.g. esferulócitos e células vibráteis), ainda permanecem sem respostas. Nesse contexto, este estudo tem como objetivo investigar a diversidade e a função fisiológica dos coelomócitos dos equinodermos, utilizando equinóides como organismos modelo. Cinco tipos principais de células foram encontrados, compreendendo 14 subpopulações, um número significativamente diferente do indicado na literatura geral. As células dos ouriços-do-mar de Paracentrotus foram estudadas, um dos modelos mais importantes na pesquisa de equinodermos (i.e. P. lividus), revelando novos tipos de células para as espécies do gênero. Além disso, fornecemos um modelo que explica a sequência de maturação dos esferulócitos de Paracentrotus. Ainda, uma caracterização detalhada das células vibráteis de Eucidaris tribuloides foi feita e à luz desses novos dados, uma discussão sobre a função desta célula é fornecida. Por meio de uma técnica recente de citometria de fluxo (citometria de fluxo por imagem - IFC), obtivemos pela primeira vez gates com subpopulações celômicas isoladas, e através de experimentos de infecção bacteriana, analisados pelo IFC, observamos o envolvimento de células vibráteis nas reações imunes. Por fim, elucidamos como os esferulócitos vermelhos liberam o equinocromo-A, um mecanismo completamente diferente do especulado na literatura, e relatamos um estudo de caso em que alterações fisiológicas em um ouriço-do-mar pareciam ser causadas por um briozoário, durante uma associação simbiótica. Assim, os resultados obtidos neste estudo lançam luz sobre alguns aspectos cruciais da fisiologia e imunobiologia dos equinodermos, fornecendo os primeiros passos para a resolução destas questões |