Estratificação de habitat, diversidade e evolução do gênero Mesabolivar González-Sponga, 1998 (Araneae: Pholcidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Machado, Éwerton Ortiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-14122011-081703/
Resumo: Incluído no grupo informal \"Clado Novo Mundo\" sensu Huber (2000), o gênero Mesabolivar apresenta distribuição restrita a região neotropical e inclui atualmente 45 espécies válidas. Este gênero e é composto por algumas espécies que habitam a vegetação, troncos e rochas (hábito parietal) e outras que habitam a serapilheira. Foi proposto testar o monofiletismo de Mesabolivar e estudar a evolução do habitat de vida no gênero. Foram realizadas duas análises. A primeira, em escala genérica, objetivou avaliar as relações do \"Clado Novo Mundo\" e o monofiletismo de Mesabolivar. Usando parcimônia Foram encontradas 200 árvores com 498 passos. Não foi encontrada resolução suficiente para encontrar o grupo-irmão de Mesabolivar. O gênero não é monofilético, com três espécies (M. luteus, M. levii e M. cambridgei) relacionadas a outros gêneros. As demais espécies de Mesabolivar formam um grupo monofilético, suportado pelo procurso curvado e presença de cavidade epiginal. A segunda análise, que incluiu 36 espécies descritas e 29 não descritas de Mesabolivar, encontrou 74 mais parcimoniosas com 256 passos. Foram testadas as relações entre medidas morfométricas, para que estas possam ser relacionadas com o habitat. Foi encontrado há uma correlação entre o habitat, tamanho das pernas e formato do abdomem, onde aranhas com abdomem esférico (fiandeiras quase ventrais) e pernas curtas habitam o solo e aranhas com abdomem alongado (fiandeiras subterminais) e pernas longas vivem em vegetação, troncos e rocha (habito parietal). Para realizar inferências em espécies com história natural desconhecida, foi observado que o fêmur, tíbia e metatarso representam bem o tamanho total das pernas, sendo que o metatarso é o mais adequado. Otimizando o habito de vida (com dados diretos ou inferidos pelas medidas/formato do abdomem) foi otimizado no cladograma. A condição plesiomórfica baseada no grupo externo é o habitat parietal. Entretanto, o hábito plesiomórfico para Mesabolivar é ambíguo. O clado mais basal de Mesabolivar é composto por habitantes do solo. O hábito de vida no solo é reconquistado pelo menos duas vezes. São apresentadas descrições resumidas das 29 espécies incluídas nas análises, e duas relacionadas a M. luteus