Vocabulário e memória de curto prazo verbal em pré-escolares prematuros sem risco neurológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Verreschi, Marianne Querido
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-06112018-135302/
Resumo: INTRODUÇÃO: A prematuridade é uma condição do nascimento que ocorre anteriormente a 37 semanas completas de gestação, e é considerada um fator de risco biológico ao desenvolvimento infantil. Nos primeiros anos de vida, crianças nascidas pretermo podem apresentar alterações no desenvolvimento da linguagem e em habilidades cognitivas, como a memória. Essas dificuldades podem perdurar e se manifestar ao longo do crescimento, nas fases pré-escolar e escolar. Devido a isso, prematuros são acompanhados em programas de seguimento ambulatorial, nos quais são utilizados testes de triagem para identificar riscos para atraso no desenvolvimento. O presente estudo investigou se pré-escolares nascidos pretermo (Grupo Pesquisa/GP) apresentavam indicativos de dificuldades de linguagem em instrumento de triagem e em testes padronizados de vocabulário e memória de curto prazo verbal; comparou seu desempenho ao de pré-escolares nascidos a termo (Grupo Controle/GC); e secundariamente verificou a associação entre os resultados obtidos no instrumento de triagem com os dos testes diagnósticos. MÉTODOS: Participaram do estudo 40 crianças de ambos os gêneros e com faixa etária entre 4 a 5 anos, divididas igualmente em dois grupos, com base na idade gestacional ao nascimento. Todas apresentavam desenvolvimento neuropsicomotor adequado para a idade e não possuíam alterações sensoriais, neurológicas e genéticas. Os grupos foram pareados pela idade, nível socioeconômico e escolaridade materna, e caracterizados quanto ao desenvolvimento fonológico por meio de teste padronizado. A avaliação experimental foi composta por testes padronizados de vocabulário expressivo, memória de curto prazo verbal e por um teste de triagem do desenvolvimento. RESULTADOS: Na comparação entre o desempenho dos grupos nas tarefas experimentais, não houve diferença entre eles no vocabulário expressivo, mas o GP apresentou desempenho inferior ao GC e maior índice de desempenho inadequado na tarefa de memória de curto prazo verbal. No teste de triagem do desenvolvimento, o GP foi classificado como Suspeito ou risco ao desenvolvimento com maior frequência do que o GC no desempenho geral. No subteste de linguagem, os prematuros também foram classificados como inadequados com maior frequência que os sujeitos do GC. Não houve associação entre a classificação do desempenho do GP no instrumento de triagem e nos demais testes experimentais, tanto para o desempenho geral, quanto para o desempenho no subteste de linguagem. CONCLUSÕES: Confirmou-se a hipótese de que pré-escolares prematuros apresentariam indicativos de dificuldades detectados por instrumento de triagem. Na habilidade lexical foi observado que o desempenho de crianças prematuras pode ser semelhante ao de crianças nascidas a termo, e na habilidade de memória de curto prazo verbal foram observados prejuízos quando os grupos foram comparados. É possível que as dificuldades observadas na habilidade de memória possam impactar negativamente a expansão lexical ao longo do desenvolvimento. Por fim, não foi observada associação dos resultados obtidos no instrumento de triagem com os dos testes de avaliação