Percepção de dor e habilidades funcionais em crianças de 4-6 anos de idade nascidas prematuras com experiência prévia de dor
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6642765 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/52465 |
Resumo: | Introdução: A exposição à dor repetitiva no período neonatal se associa a alterações da microestrutura cerebral e ao neurodesenvolvimento cognitivo, motor e comportamental mais pobre em prematuros. Objetivo: Analisar, em crianças com 4-6 anos de idade nascidas pré-termo, comparadas a nascidas a termo, se há associação entre o número de procedimentos dolorosos sofridos no período neonatal e a sensibilidade ao estímulo mecânico, a percepção subjetiva de dor e o desempenho funcional. Métodos: Coorte prospectiva de 28 prematuros nascidos de 28-32 semanas de idade gestacional sem malformações congênitas e sem hemorragia intracraniana grave, comparada a 28 crianças de termo saudáveis, todos entre 4-6 anos de idade. Os grupos foram comparados para os desfechos: teste de sensibilidade com o estesiômetro, percepção subjetiva de dor por meio de ilustrações relativas a dor física, dor relacionada a procedimentos médicos e dor decorrente de isolamento social, além de desempenho funcional com o Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI). Utilizou-se a correlação linear entre os escores obtidos para cada desfecho e o número de procedimentos dolorosos no período neonatal e foi aplicada a análise de variância (ANOVA) para tais desfechos com dois fatores: classe socioeconômica (A/B ou C/D) e número de procedimentos dolorosos até 28 dias. Resultados: Não houve diferenças quanto à percepção de dor desencadeada por estímulo mecânico e à avaliação subjetiva da dor pela própria criança em situações hipotéticas de dor física, procedimentos médicos e situações psicossociais. Não foram encontradas correlações entre o número de procedimentos dolorosos no período neonatal e a avaliação de dor sentida pelas crianças entre 4-6 anos de idades em situações hipotéticas de dor física, dor decorrente de procedimentos médicos e dor psicossocial. Na análise multivariada, mais de 25 procedimentos dolorosos no período neonatal, em associação com o nível socioeconômico ampliou a percepção de dor desencadeada por situação de isolamento social. No que se refere ao desempenho funcional, o grupo pré-termo apresentou maior dificuldade para a execução dos itens relativos à mobilidade do que os nascidos a termo. Não foram encontradas correlações entre o número de procedimentos dolorosos e o escore do PEDI em todos os seus domínios. Na ANOVA, para os domínios autocuidados e mobilidade, houve pior desempenho das crianças de nível socioeconômico elevado (A/B) submetidas a mais de 25 procedimentos dolorosos no período neonatal, comparadas às que não receberam procedimentos dolorosos no período neonatal. Conclusão: A exposição a procedimentos dolorosos repetitivos no período neonatal parece atuar em conjunto com fatores ambientais como um dos múltiplos moduladores do neurodesenvolvimento. |