Qualidade de interação mãe-bebê e o impacto nas habilidades do desenvolvimento infantil de crianças prematuras e a termo aos 3 meses de idade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Teodoro, Ana Teresa Hernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-01102021-150624/
Resumo: Introdução: A interação face a face possibilita a criança adquirir experiências que lhe permitirão desempenhar papel de interlocução com seu ambiente, de maneira que a sensibilidade materna tem sido apontada como um elemento central para compreensão da aquisição e desenvolvimento das habilidades do desenvolvimento infantil. Da mesma forma, a autorregulação é desenvolvida na relação com o ambiente, de maneira que se configura por meio das respostas aos estímulos e pelas aprendizagens obtidas com estas experiências. O nascimento pré-termo é considerado um fator de risco para o desenvolvimento infantil. Além disso, o parto antecipado é considerado como um evento traumático para a família, o que pode alterar os padrões de parentalidade e os níveis de sensibilidade materna. Objetivo: Verificar a qualidade da díade mãe-bebê e os processos de autorregulação infantil e sua influência no desenvolvimento das habilidades motora grossa, motora fina-adaptativa, pessoal-social e de linguagem de crianças nascidas prematuras e a termo, aos três meses de idade. Cumpriram-se os princípios éticos (CAAE: 90550318.4.0000.5417). Foram avaliadas 54 díades, divididas em dois grupos: 21 díades de crianças nascidas prematuras (GE) e 33 com crianças nascidas a termo. Os instrumentos utilizados foram: Entrevista Materna, Critério de Classificação Econômica Brasil, Face-to-Face Still-Face, Child-Adult Relationship Experimental Index e Teste Screening do Desenvolvimento de Denver-II. Para análise das variáveis os seguintes métodos estatísticos foram utilizados: Teste-T, Teste-T de amostras independentes, Teste Qui-quadrado de Pearson, Correlação de Pearson, ANOVA e Test Post Hoc de Tukey, aplicados de acordo com as características de cada variável. Na aplicação da entrevista materna, 47,6% de GE e 45,5% de GC referiram que planejaram a gestação e 71,4% de GE e 48,5% de GC desejavam a gestação. Na comparação entre os grupos não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes no padrão de autorregulação. O padrão de autorregulação de orientação social negativo foi prevalente para ambos os grupos. Na qualidade de interação entre mãe-bebê não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes. A sensibilidade materna apresentou correlação significante negativa com o controle materno e com a compulsão infantil e correlação positiva com a cooperação infantil. Na comparação entre o CARE-Index com os padrões de autorregulação, verificou-se que a sensibilidade materna foi superior no grupo de orientação social positiva e o controle materno menor no grupo com orientação social positiva e maior no padrão de autoconforto. Foram encontradas diferenças estatisticamente significante com as habilidades pessoal-social e de linguagem, ao comparar o desempenho de GE e GC. O Apgar no 5º minuto e a idade gestacional foram correlacionados com as áreas pessoal-social e de linguagem. O peso ao nascimento foi correlacionado com a área de linguagem.