Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Zanetti, Ana Carolina Guidorizzi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-04082010-152146/
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Resumo: |
Os principais estudos sobre o ambiente familiar de pacientes com esquizofrenia são aqueles relacionados ao conceito de Emoção Expressa (EE), que trata da qualidade de interação social entre os membros da família. Existem poucos estudos que investigam o ambiente familiar do paciente com esquizofrenia no Brasil e nenhum instrumento de fácil aplicação para avaliar esse conceito. Trata-se de um estudo metodológico com o objetivo de adaptar e validar o Family Questionnaire (FQ) para língua portuguesa. O FQ contém 20 itens distribuídos em dois domínios, 10 itens para comentários críticos (CC) e 10 itens para super envolvimento emocional (SEE), com respostas de um (1) muito raramente a quatro (4) sempre, com um intervalo possível para o total da medida de cada domínio de 10 a 40, no qual maiores valores para os dois domínios refletem maior EE. O processo de adaptação cultural seguiu os passos preconizados pela literatura: tradução do FQ para língua portuguesa; obtenção do consenso das versões em português; avaliação pelo comitê de especialistas; Back-translation; obtenção do consenso das versões em alemão e comparação com versão original em alemão; avaliação semântica dos itens e pré-teste. Participaram do estudo 100 familiares de pacientes com esquizofrenia. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, no período de janeiro a março de 2010, em quatro serviços secundários de saúde mental do interior do Estado de São Paulo. Para a análise de validade de constructo do FQ utilizou-se testes de correlação de Pearson entre as medidas dos domínios do FQ e de um constructo correlato (senso de coerência); análise do componente principal e teste para comparação de grupos distintos. A confiabilidade foi avaliada pela consistência interna (alfa de Cronbach) e a reprodutibilidade através do teste-reteste. O nível de significância adotado foi de 0,05. Os resultados apontaram que os participantes eram, predominantemente, do sexo feminino (78%), com idade média de 52,6 anos, com primeiro grau incompleto (52%), casados (57%), mães (41%) e com tempo médio de convivência com o paciente de 26,7 anos. Entre os pacientes, 66% eram do sexo masculino com idade média de 40,5 anos, a maioria com 1º grau incompleto (60%) e com tempo médio de doença igual há 15,8 anos. Os testes de hipóteses confirmaram a validade de constructo convergente entre as medidas do senso de coerência, e os domínios do FQ e, parcialmente, a diferença nas medidas dos domínios do FQ e as características dos familiares. A análise de componentes principais confirmou a mesma dimensionalidade da versão original na versão adaptada para o português. Em relação à confiabilidade, obtivemos valores adequados de de Cronbach para os domínios CC (0,861) e SEE (0,655) da versão adaptada do FQ. A reprodutibilidade avaliada pelo teste-reteste em 30 participantes apontou fortes correlações entre os itens dos domínios CC(r=0,689; p<0,001)e SEE (r=0,769; p<0,001) do FQ. Conclui-se que a versão adaptada para o português do FQ mostrou-se válida e confiável na amostra estudada. |