Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Zanetti, Ana Carolina Guidorizzi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-15092006-162737/
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Resumo: |
Na atualidade, a esquizofrenia é um dos principais problemas de saúde pública e afeta, além dos pacientes, os seus familiares, causando inúmeros prejuízos funcionais e sociais. A esquizofrenia é definida como uma doença que afeta a zona central do eu e altera toda a estrutura vivencial da pessoa. O esquizofrênico representa o estereótipo do louco, um indivíduo que produz grande estranheza social devido ao seu desprezo para com a realidade reconhecida. Cada grupo social define a esquizofrenia de acordo com seus conhecimentos, crenças e ações específicas. A família tem um lugar e função central na vida dos portadores de esquizofrenia. A confirmação do diagnóstico e o início da doença constituem alguns dos fatores que geram inúmeras mudanças no contexto familiar. Assim, constituiu-se objeto deste estudo apreender o sentido dado pela família acerca do processo de adoecimento do portador de esquizofrenia e os mecanismos para lidar com a doença. Trata-se de um estudo de caso etnográfico, fundamentado no referencial da teoria sistêmica familiar e da antropologia médica, realizado no período de agosto a dezembro de 2005. Participaram do estudo uma família composta por pai, mãe, cinco filhos, dos quais quatro são portadores de esquizofrenia, em seguimento no Núcleo de Saúde Mental do Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Os dados foram obtidos por meio da observação, análise dos prontuários, registros no diário de campo e entrevistas gravadas realizadas com a família, em sua maioria, no domicílio. Para a apresentação dos dados utilizamos o genograma, história familiar, análise do sistema familiar e descrição das categorias obtidas nas entrevistas. A partir da construção do genograma, pode-se conhecer a estrutura interna da família. A análise do sistema familiar permitiu descrever além da estrutura, seu funcionamento e desenvolvimento. As entrevistas foram transcritas e submetidas a uma análise de conteúdo latente. A análise das entrevistas permitiu identificar sete categorias temáticas relacionadas ao sentido dado ao processo de adoecimento e aos mecanismos de enfrentamento da família. As categorias referem-se às representações sobre o normal e o patológico, as representações do termo esquizofrenia, as explicações para a doença, o impacto relacionado ao sofrimento, à sobrecarga, ao isolamento social e às tarefas da cuidadora, às modificações no relacionamento familiar, o tratamento e a cura. Para a família em estudo, o adoecimento dos filhos causou um rompimento em sua trajetória de vida. O impacto da esquizofrenia foi revelado pelos familiares mediante a manifestação de sentimentos de tristeza, isolamento social e sobrecarga. Os resultados nos levam a considerar que a assistência ao doente mental constitui um desafio para os profissionais de saúde. Torna-se necessário e urgente incluir a família como unidade de cuidado, além de garantir a manutenção do tratamento farmacológico e a reabilitação psicossocial. |