Desenvolvimento do vale do Tietê-Paraná: um enfoque de estoques de capitais.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Bernardes, Elaine Mendonça
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-13112002-143006/
Resumo: O propósito geral deste estudo foi identificar quais fatores estariam limitando o do Vale do Tietê-Paraná. Os planos e projetos enfatizam o estoque de capital físico. Como a ênfase nesse estoque esgotou-se na literatura, as atenções voltaram-se para outras formas de capital. Diante disso, os objetivos específicos foram: (1) avaliar as alternativas propostas para os municípios do Vale do Tietê-Paraná expressas nos projetos e planos para a região; (2) analisar a importância dos estoques de capitais para o desenvolvimento dos municípios paulistas lindeiros aos rios Tietê-Paraná, e (3) verificar possíveis diferenças, entre os fatores determinantes do desenvolvimento, existente entre esses municípios e os outros municípios do Estado. Detectou-se, através do Método da Estrutura Lógica, inconsistência nos planos e projetos existentes para o Vale. Quanto aos estoques de capitais, este estudo utilizou a metodologia dos Componentes Principais para reduzir o número de variáveis levantadas inicialmente para representar os cinco estoques de capitais: natural, físico, financeiro, humano e social. A análise incluiu 625 municípios e criou-se uma variável dummy para diferenciar os lindeiros. Nove fatores são os representativos dos estoques de capitais e foram denominados: capital humano 1 (educação); capital físico; capital social 1 (associativismo); capital humano 2 (saúde); capital financeiro 1 (arrecadação); capital social 2 (desconfiança); capital natural 1 (terra); capital financeiro 2; capital natural 2 (depreciação).A percentagem da variância total explicada por cada um dos estoques foi: 19,5 (capital humano); 8,3 (capital social); 6,0 (capital financeiro); 5,9 (capital físico), e 4,8 (capital natural). Tomando-se esses fatores como variáveis explicativas, regressões lineares foram ajustadas. As variáveis dependentes em cada uma das três foram: número de empregados per capita, número de estabelecimentos de intermediação financeira e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Os coeficientes obtidos foram significativos para todos aqueles que entraram na respectiva equação de regressão. O capital natural apresentou o maior coeficiente na regressão para emprego per capita, seguido pelo capital físico, mas a importância do estoque de capital humano é evidenciada pela presença na equação dos dois fatores que o representam. O mesmo ocorreu com o capital fínanceiro. Esses resultados sugerem que os estoques de capital humano e financeiro sejam ambos mais relevantes na explicação da variável dependente emprego per capita. Os estabelecimentos de intermediação financeira per capita estão diretamente relacionados aos seguintes fatores: capital financeiro 1, capital humano 2, capital social 1 e capital social 2. Negativamente relaciona-se a: capital natural 2, capital natural 1 e capital humano 1. Os valores negativos encontrados para esses três últimos estoques provavelmente deve-se ao grande número de municípios pouco povoados - geralmente localizados em regiões de solos mais pobres e menor escolaridade da população - com pelo menos uma agência bancária. Todos os coeficientes da regressão para o IDH apresentaram sinais conforme o esperado e o capital físico não faz parte da solução encontrada. A variável dummy para lindeiros não apareceu em nenhuma das equações. Conclui-se que não há diferença entre os municípios lindeiros e os outros municípios do estado, quanto ao papel dos cinco estoques de capital no desenvolvimento.