A urbanização e o movimento de regulação do urbano: uma análise crítica das transformações da várzea do rio Tietê

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Fernanda Pinheiro da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-12042016-135240/
Resumo: Esta pesquisa tem dois principais objetivos: compreender as recentes transformações da várzea expandida do rio Tietê, na metrópole de São Paulo, especialmente a partir do lançamento do território estratégico Arco Tietê; e situar esse debate no âmbito de uma crítica da economia política, nos termos de Karl Marx, a fim de contribuir com um movimento do pensamento acerca da produção do espaço urbano. Para isso, iniciamos a reflexão com apontamentos sobre os conceitos que fundamentam esse caminho. Em seguida, com base na apreciação de aspectos atuais da morfologia urbana da porção da cidade encerrada pelo Arco, problematizamos diferentes momentos de integração desse recorte ao longo do processo de urbanização de São Paulo. No momento seguinte, examinamos três projeções urbanísticas (entre elas o Arco Tietê) produzidas por uma política de espaço que surge como resposta à reestruturação produtiva do capital. Por fim, identificamos no desenvolvimento do Arco Tietê um aprofundamento das parcerias público-privadas na política urbana, e destacamos as normativas que visam à concessão de uma prerrogativa estatal, a produção de representações de espaços. Esse percurso reflexivo foi construído a partir de levantamento e leitura da bibliografia sobre o tema, além da análise de leis e documentos históricos; também foram realizadas incursões a campo, e entrevistas tanto com moradores quanto com autoridades dedicadas à gestão urbana. Considera-se que a análise do espaço concebido como política de Estado pode desvelar tendências importantes do processo de urbanização, e por isso encontramos em uma projeção urbanística específica uma maneira de compreender como e por que determinados fragmentos do urbano tornam-se alvos estratégicos da política do espaço. Além disso, a perspectiva é situar o Arco Tietê, bem como as inovações que ele promove nas normativas que regulam a urbanização, no momento atual da reprodução crítica do capital, buscando suas relações com os desdobramentos da urbanização crítica da cidade de São Paulo.