A ironia como forma em La Coscienza di Zeno de Italo Svevo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Souza, Fabio Rosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8148/tde-16092015-170519/
Resumo: La Coscienza di Zeno é o romance de Italo Svevo mais bem elaborado em termos formais, ocupando um lugar entre as grandes obras do início do século XX. O autor constrói um romance propriamente moderno ao arquitetar uma narrativa que tem como princípio formal a ironia, vinculada à matriz romântica do conceito. É a partir do mecanismo irônico que o romance estabelece um jogo constante de contradições, ambiguidades e reconfigurações negativas que revelam suas limitações e suas falhas. Assim, a noção tradicional de romance é desconstruída e reelaborada formalmente, mediante um gesto negativo e autorreflexivo caro à literatura do início do século XX. La Coscienza di Zeno, apesar de inicialmente aspirar à configuração da totalidade do arco de uma vida, opera ironicamente durante seu percurso o oposto disso, ou seja, revela o caráter fragmentário da vida, cuja unificação total não é nada mais que uma falsa imagem. O realce irônico maior está no fato de que, ao desconstruir o romance como tal, e apontar para seu falso status, a obra reconquista a capacidade de configurar a realidade, negativamente.