\"A nova centralidade da metrópole: da urbanização expandida à acumulação especificamente urbana\"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santos, César Ricardo Simoni
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-28032013-122800/
Resumo: A metrópole de São Paulo passa por profundas transformações desde a década de 1990. O chamado vetor sudoeste se elaborou como a novacentralidade econômica do país. Esse processo se remete à reprodução do espaço urbano como condição, meio e produto da acumulação de capital. A potência desse fenômeno e dessa condição é relativamente nova. A história da concentração geográfica do capitalna cidade de São Paulo favoreceu sempre a abertura de novas oportunidades de investimentos in loco, mas a intensidade do processo aumenta exponencialmente quando um movimento de concentração começa a dar lugar à centralização geográfica do capital.A partir daí, a concentração se torna, ela mesma, a condição de reposição de novas oportunidades de investimentos na centralidade constituída, numa dinâmica que consome configurações espaciais previamente capitalistas. Trata-se de uma acumulação especificamente urbana. No Brasil, essa dinâmica espacial do capital não foi tão significativa até a década de 1990. A hipótese que explica esse descompasso no caso brasileiro reconhece a prioridade do processo de produção sobre a reprodução do espaço urbano. Isso significa que a urbanização se estendeu no tempo porque pôde se estender no espaço. A urbanização expandida do território brasileiro foi aqui objeto da ação de um Estado comprometido com a realização do capital e assim absorveu lucrativamente os excedentes frequentemente gerados na economia brasileira. Com a crise do Estado desenvolvimentista e com as condições apresentadas nos grandes centros nacionais, o processo de valorização exigiu mais do que se podia conseguir com a manutenção de uma enfraquecida dinâmica expansionista. Aqui o Estado se reorganiza e cria novos instrumentosque o permitem atuar na escala metropolitana. A produção de novas centralidades, como momento da reprodução do espaço urbano, e a centralização geográfica diminuem a importância das dinâmicas expansionistas na realização do capital. A intensificação geográfica do capital, na era das finanças mundializadas, passa a compor o centro das estratégias de acumulação.