Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Talita Morais |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/109/109131/tde-21072020-143210/
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Resumo: |
Fisiculturismo tem sido considerado uma modalidade esportiva visual, caracterizado pela hipertrofia muscular, promovida por exercício físico intenso que provoca lesões nas células musculares e induz a resposta inflamatória com elevação na produção de mediadores pró-inflamatórios e ativação de células com o objetivo de iniciar o processo de remodelamento e reparação tecidual. Diversos mediadores imunológicos têm a função anti-inflamatória e imunoinibitória, como o HLA-G. Variações nos níveis de expressão são decorrentes do polimorfismo de seu gene. Mediante a escassez de estudos da associação de polimorfismos do gene do HLA-G no processo inflamatório da hipertrofia muscular; adido ao conhecimento que mecanismos pró e anti-inflamatórios podem influenciar o potencial de hipertrofia muscular, este estudo teve objetivo de avaliar o polimorfismo INDEL 14 pb, na região 3\'NT, do gene HLA-G utilizando a técnica de PCR - Polymerase Chain Reaction com subsequente análise do produto amplificado através de eletroforese em gel de poliacrilamida seguido de coloração com nitrato de prata; e os níveis plasmáticos do HLA-G solúvel (sHLA-G) através da técnica de ensaio de imunoabsorção enzimática - ELISA, em fisiculturistas. Foram avaliados: 1) antropometria; 2) níveis plasmáticos do sHLA-G; 3) tipificação dos polimorfismos INDEL de 14 pb do gene HLA-G. As análises estatísticas foram realizadas pelos testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney. Comparações do Índice de Massa Corporal (IMC) mostraram que Fisiculturistas Masculinos (FM) apresentam IMC significantemente maior em relação ao grupo Controle Masculino (CM) e Fisiculturistas Feminino (FF) (P<0,001 para ambas). Porcentagem de gordura corporal (%G) revelaram que FM e FF apresentam redução estatisticamente significantes da %G quando comparado ao seu grupo CM (P<0,001) e controle feminino (CF) (P<0,001), respectivamente. A comparação entre FM vs. FF mostrou que FM apresentam redução significantemente maior da %G em comparação às FF (P<0,01). Índice de Massa Magra (IMM) mostraram que FM e FF apresentam IMM significantemente maior em comparação com os grupos CM (<0,001) e CF (P<0,01), respectivamente. Os grupos CM e FM apresentaram IMM significantemente maior em relação aos grupos de CF (P<0,001) e FF (P<0,001), respectivamente. Índice de Massa Gorda (IMG) mostraram que FM e FF apresentam IMG significantemente menor em comparação com os grupos CM (P<0,001) e CF (P<0,001), respectivamente. Entre os controles, o grupo de CM apresentou IMG significantemente menor em relação ao grupo CF (P<0,01). Níveis plasmáticos de HLA-G solúvel (sHLA-G) entre os grupos mostraram que FM apresentam níveis de sHLA-G significantemente maior em comparação às FF (P<0,001). Especificamente entre os FM, comparações intragrupo mostraram que FF com menores %G (quartil mínimo), em comparação aos participantes com maior %G (quartil máximo), apresentaram níveis de sHLA-G significantemente maiores (P=0,001). Similarmente, participantes com menores IMG (quartil mínimo), em comparação aos participantes com maior IMG (quartil máximo), apresentaram níveis de sHLA-G significantemente maiores (P=0,001). Por outro lado, indivíduos com maiores IMM (quartil máximo), em comparação aos participantes com menor IMM (quartil mínimo), apresentaram níveis de sHLA-G significantemente maiores (P=0,05). As análises do polimorfismo de 14 pb do gene HLA-G não mostraram associações significantes entre os grupos estudados. Em conclusão, nossos resultados mostram que em fisiculturistas com menos gordura corporal os níveis sistêmicos de HLA-G solúvel, molécula imunológica com reconhecida função imunossupressora, são significantemente maiores e sugerem que este mecanismo imunológico possa corroborar o estado imunossupressor em atletas submetidos a treinamentos exercícios físicos intensos e prolongados. |