Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Moraes, Didier Dominique Cerqueira Dias de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16134/tde-15022017-120740/
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Resumo: |
O presente trabalho tem como objeto a visualidade e a materialidade do livro didático pro- duzido pela Companhia Editora Nacional desde o início de suas atividades, em 1926, após sua fundação por Monteiro Lobato e Octalles Marcondes Ferreira, até 1980, quando foi incorporada a um grupo editorial que possuía estrutura própria de produção dos livros. Durante três décadas, a Nacional foi a maior editora do país e seus livros estiveram presentes na formação intelectual e de gosto de diversas gerações de brasileiros, produzindo memória individual e coletiva e integrando a cultura material e visual do país em sua época. Assim, o amplo levantamento produzido por esta pesquisa de memória gráfica, de cunho panorâmico e exploratório, pretende contribuir para integrar o livro didático, pouco estudado por ter uso temporal restrito e não possuir valor literário e científico, ao rol dos artefatos gráficos merecedores de atenção dos estudos de cultura material e de história do design brasileiro. Utilizando como critério exclusivo as características materiais e visuais das obras, o trabalho identificou seis momentos diferenciados na produção de design da editora, abordando em cada um deles possíveis nexos entre sua materialidade e visualidade e os principais fatores ou contextos nelas atuantes: a educação (estrutura de ensino, abordagens peda- gógicas e cultura escolar), a produção (tecnologia e práticas de trabalho) e as linguagens visuais e gráficas circulantes em cada época. A direção geral identificada nesse percurso foi de um mo- mento inicial caracterizado por extrema sobriedade e formalidade de capas exclusivamente tipo- gráficas e soluções padronizadas de composição e diagramação nos miolos até um momento final caracterizado por capas ilustradas ou fotográficas e soluções mais particularizadas e com forte presença de elementos pictóricos nos miolos. A par do desenvolvimento das tecnologias gráficas para a reprodução das imagens, o percurso mostra a própria trajetória das relações da cultura es- colar com as demais esferas da vida social no aspecto da visualidade, indo de um momento inicial de maior isolamento e retração a influências externas à cultura escolar até um momento de maior flexibilidade e permeabilidade a elas, particularmente à influência dos meios de comunicação de massas, com a valorização da imagem que os caracteriza. |