Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Perez, Eduardo Chatagnier Borges |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-08072022-103835/
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Resumo: |
Esta pesquisa analisa os dois primeiros filmes de longa-metragem feitos para cinema do realizador tailandês Apichatpong Weerasethakul: Objeto Misterioso ao Meio-dia e Eternamente sua. Por um lado, busca-se aproximar a análise dos filmes dos campos teóricos dos estudos da oralidade e do perspectivismo ameríndio, por outro ampliar as consequências dessas aproximações numa reflexão acerca da construção de temporalidades divergentes, que questionam e tensionam o tempo teleológico moderno. A partir dessa premissa, a dissertação procura relacionar os dois primeiros filmes do artista com o restante de sua obra feita para cinema, procurando ecos e sobreposições que visem ampliar e aprofundar as possibilidades de leitura e experiência na relação com a filmografia do cineasta. Utilizando os conceitos de movência e ponto de vista como mediadores centrais, busca-se extrair dos próprios filmes as estratégias através das quais Apichatpong constrói sua obra dotando seu cinema de certa performatividade que inclui e mobiliza a memória em prol de uma permanente atualização e relativização da experiência relacional em múltiplas instâncias: da obra com o espectador, da obra com seu objeto, do espectador com o objeto da obra e entre as obras em si. Entre o discurso manifesto e sua latência, entre o registro e sua atualização, busca-se traçar um possível caminho para que a análise seja conjugada à síntese e a partir da valorização da profundidade do que há de mais específico em cada narrativa, chegue-se à epiderme do que a faz, não sem riscos, coletiva e compartilhada. |