Efeito protetor do baço contra a resposta inflamatória do tecido adiposo perivascular do leito mesentérico de camundongos obesos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Renée de Nazaré Oliveira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42136/tde-17102019-151721/
Resumo: Na obesidade ocorre hipertrofia dos adipócitos e inflamação do tecido adiposo visceral. O tecido adiposo perivascular (PVAT) circunda a maioria dos vasos sanguíneos. Assim como outros depósitos, o PVAT também é propenso à inflamação. A proteína quinase ativada por adenosina monofosfato (AMPK) está presente no PVAT e está relacionada com a redução da inflamação nesse tecido. O baço é um órgão linfoide e é um importante regulador do sistema imunológico. Dessa maneira, o objetivo do presente estudo foi avaliar a participação do baço na resposta inflamatória do PVAT do leito mesentérico e o possível envolvimento da AMPK nos camundongos obesos. Para isso, camundongos machos C57BL/6 de 4 semanas de idade foram submetidos à esplenectomia (SPX) ou à cirurgia fictícia (SHAM) e passaram a ser alimentados com ração padrão (CT-controle) ou ração hiperlipídica (OB-obeso) durante 16 semanas. O baço e o PVAT do leito mesentérico foram utilizados para analisar: o conteúdo proteico de citocinas, imunofenotipagem de leucócitos, expressão de AMPK e pAMPKthr172 e quimiotaxia de células de baço para PVAT. A expressão do mRNA da adiponectina foi avaliada no PVAT mesentérico. Baços de camundongos selvagens (WT) e com deleção genética da AMPKa1 (KO) alimentados com dieta CT ou HF foram utilizados para avaliar a expressão de mRNA de citocinas e imunofluorescência para detecção de linfócitos totais. O baço de camundongos obesos apresentou aumento no conteúdo de TNF-<font face = \"symbol\">a, diminuição no conteúdo de IL-10 e população similar de células imunológicas e fosforilação da AMPK. O PVAT mesentérico de OB-SHAM mostrou reduzido conteúdo de citocinas pró-inflamatórias, inalterada área de adipócitos, fosforilação de AMPK, células T e macrófagos M1 e redução de células B e macrófagos M2. Por outro lado, o PVAT mesentérico de SPX- OB mostrou hipertrofia de adipócitos, redução da fosforilação de AMPK, aumento de citocinas pró-inflamatórias, redução de células B e macrófagos M2 e aumento de macrófagos M1. No entanto, a resposta dos leucócitos migratórios do baço para o PVAT foi reduzida nos grupos OB-SHAM e OB-SPX. O baço de camundongos AMPK KO mostrou um perfil inflamatório diminuído. Em conclusão, nossos dados indicam que a associação da atividade da AMPK e a inflamação é diferente no PVAT do leito mesentérico e no baço de camundongos obesos. O baço e a AMPK expressão no PVAT podem proteger esse tecido contra os danos promovidos pela dieta hiperlipídica.