Expressão de neurotrofinas e disfunção do tecido adiposo perivascular em modelo murino de envelhecimento acelerado.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Corrêa, Leonardo Tibiriça
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42136/tde-17102024-151632/
Resumo: O tecido adiposo perivascular (PVAT) exerce importante ação regulatória da função vascular, e sua disfunção, caracterizada por estresse oxidativo e redução da sua ação anticontrátil (ou uma ação pró-contrátil), pode contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Na aorta torácica, o PVAT apresenta adipócitos semelhantes aos marrons e resistência à inflamação e ao estresse oxidativo. Tecidos adiposos não vasculares expressam e secretam neurotrofinas, como o fator de crescimento do nervo (NGF), fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) e neuregulina-4 (NRG4). Apesar de a função das neurotrofinas no tecido adiposo ainda não estar esclarecida, elas parecem promover o crescimento de neuritos e aumento da inervação simpática e regular a lipogênese. O objetivo do presente estudo foi avaliar se, no envelhecimento, uma mudança na expressão de neurotrofinas está associada à mudança do fenótipo, maior produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e perda da ação anticontrátil do PVAT da aorta torácica. Utilizando camundongos machos com envelhecimento acelerado (SAMP8) e seus controles (SAMR1), aos 3 e 8 meses de idade, foram avaliados: expressão no PVAT de RNAm das neurotrofinas (BDNF, NGF e NRG4) e dos seus receptores (TrkA, TrkB FL, TrkB T1, p75NTR, ErbB4), por RT-PCR; número de adipócitos uniloculares e multiloculares e área de suas vesículas lipídicas em cortes histológicos do PVAT; produção de EROs no PVAT, detectada pela sonda dihidroetídio; resposta contrátil a agonistas adrenérgicos, na ausência e presença de superóxido dismutase (SOD) e catalase, em anéis sem e com PVAT. Em camundongos SAMR1, o envelhecimento aumentou o número de adipócitos uniloculares no PVAT, mas não promoveu alteração da expressão das neurotrofinas e dos seus receptores, da geração de EROs e da resposta contrátil na ausência ou presença do PVAT. Em camundongos SAMP8, o envelhecimento aumentou o do tamanho das vesículas em ambos os tipos de adipócitos do PVAT, a expressão de RNAm para NRG4 e seu receptor ErbB4 , sem alteração nas demais neurotrofinas, a geração de EROs e a resposta contrátil, principalmente na presença do PVAT. No entanto, SOD e catalase reduziram a contração em SAMP8 mais velhos apenas na ausência do PVAT, enquanto essas enzimas reduziram a contração na presença do PVAT em SAMP8 jovens. Os resultados obtidos mostram que, embora ambas as linhagens apresentem mudanças no fenótipo do PVAT da aorta torácica com o envelhecimento, apenas a linhagem SAMP8 apresenta disfunção do PVAT, estando de acordo com o seu envelhecimento acelerado. Além disso, os resultados sugerem que não há associação da mudança da expressão de neurotrofinas, pelo menos ao nível do RNAm, com inervação simpática, mas não podemos descartar uma associação com a mudança de fenótipo do PVAT com o envelhecimento.