Resposta cutânea simpática em pacientes com hanseníase

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Rigatto, Susanie Amâncio Gonçalves
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Autonomic response; Hanseníase; Leprosy neuropathy; Neuropatia de fibras finas; Resposta autonômica; Resposta cutânea simpática; Small fiber neuropathy; Sympathetic skin response
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17161/tde-11062021-085653/

Introdução: Hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae (M. leprae), bacilo álcool-ácido resistente presente em condição endêmica em vários países tropicais. O agente infeccioso tem capacidade de invasão e proliferação intraneural (MARQUES JR., 2015). Os dados epidemiológicos da Hanseníase é aproximadamente 0,24 por 10.000 habitantes (WHO, WEEKLY EPIDEMIOLOGICAL RECORD, 2019). Com 200.000 (duzentos mil) novos casos relatados anualmente (LIJI THOMAS, 2017). A OMS (2010) orienta que, em caso de perda evidente de sensibilidade em uma lesão cutânea, para o diagnóstico de hanseníase, contar o número de lesões para fazer a classificação, e iniciar o Tratamento Poliquimioterápico (PQT) imediatamente. Se não houver perda de sensibilidade, não iniciar tratamento, mas encaminhar a pessoa para uma avaliação mais detalhada. Objetivos: Avaliar eficiência e eficácia da Resposta Cutânea Simpática (RCS) medida no território autonômico dos nervos mediano e ulnar em pacientes com hanseníase confirmada e em indivíduos saudáveis, a fim de determinar o valor preditivo desta técnica em identificar anormalidades na neuropatia hansênica. Métodos: Este é um estudo quanti-qualitativo, prospectivo, transversal, para avaliar eficiência e eficácia do teste diagnóstico complementar da resposta cutânea simpática em pacientes com Hanseníase. Foram coletados dados da avaliação da resposta cutânea simpática e eletroneuromiográfica de 31 (trinta e um) participantes da pesquisa do Grupo Experimental-GE e 50 (cinquenta) indivíduos saudáveis do Grupo Controle-GC, organizados conforme sequência dos dados: anamnese e exame físico, resposta cutânea simpática e eletroneuromiografia dos membros superiores. Resultados e Conclusões: Os estudos demonstram que a avaliação neurofisiológica pode contribuir para um diagnóstico precoce da neuropatia hansênica, fator essencial para prevenir dano neural permanente. Atualmente, parece haver um consenso de que a neuropatia da hanseníase compromete inicialmente fibras sensitivas finas e a maioria das técnicas de rotina avalia as fibras de grosso calibre. Propusemos, neste estudo, caracterizar o padrão de comportamento da RCS na hanseníase visando futura utilização na identificação de neuropatia em contactantes, no diagnóstico de pacientes pauci sintomáticos e na melhor caracterização da neuropatia de pacientes com a doença já estabelecida.