Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Canale, Ricardo Angelo Monteiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/45/45135/tde-24062024-102708/
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Resumo: |
Integrada em documentos normativos curriculares escolares mundialmente, a Matemática possibilita uma abordagem comparativa que aprimora a compreensão das políticas educacionais e otimiza tais documentos. Neste trabalho, compara-se o processo organizacional da Matemática como área de conhecimento na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Médio brasileiro e nos Núcleos de Aprendizagens Prioritários (NAP) para o Ciclo Orientado da Educação Secundária argentina, focando na formação geral básica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que abrange uma revisão do desenvolvimento histórico do ensino de matemática em ambos os países, uma apresentação da Educação Comparada em Educação Matemática, teorias do currículo e as contribuições da Educação Matemática para os currículos prescritos sob uma perspectiva crítica, além da análise documental de fontes primárias, como documentos oficiais, materiais pedagógicos, manuais de ensino e obras históricas, obtidas de acervos físicos e digitais relacionados a esses assuntos. Concluiu-se que Brasil e Argentina apresentam similaridades na evolução do ensino desta matéria e na estruturação de seus registros normativos curriculares, determinados por políticas de Estado, embora também influenciados por grupos privados. Ambos os modelos curriculares são orientados por competências e habilidades que buscam assegurar o acesso à educação de qualidade. Em ambos os casos, a Matemática é vista como um domínio de conhecimento distinto, com competências, habilidades e abordagens próprias, destacando sua importância na educação holística. Percebe-se o uso de cenários investigativos, modelagem matemática e resolução de problemas como opções didático-metodológicas para o ensino-aprendizagem deste campo. Contudo, BNCC e NAP carecem de discussões sobre a Matemática como construção histórico-cultural e orientações sobre interdisciplinaridade e uso de recursos tecnológicos digitais. A Álgebra recebe destaque em ambas as normas, com ênfase no estudo das funções, embora cada caso apresente particularidades. Nenhum dos documentos aborda números complexos. A resolução algébrica e gráfica de sistemas de equações lineares e o estudo da correlação entre variáveis são pontos em comum. Porém, há diferenças: os NAP são mais flexíveis às peculiaridades regionais, enquanto a BNCC é mais rígida e centralizada. A BNCC propõe um modelo que promove uma integração fluida entre as áreas do conhecimento matemático, enquanto a organização dos NAP é segmentada, enfatizando uma sequência linear. A BNCC busca integrar conhecimentos, capacidades e atitudes, com um foco maior nas estratégias do que nos fundamentos e técnicas. Em contraste, os Núcleos argentinos concentram-se em aprofundar o conhecimento matemático sob uma perspectiva científica, enfatizando técnicas, fundamentos e sua aplicabilidade. A Base Nacional trata de temas como Educação Financeira e projeções cartográficas, que não são mencionados explicitamente no documento argentino. Por outro lado, os NAP incluem estudos analíticos da circunferência, da parábola como lugar geométrico dos pontos no plano e de funções racionais e polinomiais de 3º e 4º graus, que não são mencionados explicitamente no documento brasileiro. Essas diferenças refletem as singularidades e os objetivos educacionais de cada país. Iniciativas colaborativas podem criar melhores práticas e documentos normativos educacionais, aperfeiçoando a formação matemática e facilitando a equivalência de títulos e o intercâmbio. |