Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Gustavo do Nascimento |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-19082016-134226/
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Resumo: |
O urbano contemporâneo passa por uma série de crises, dentre as quais a de mobilidade. No bojo do discurso da sustentabilidade, emergem falas em prol de uma mudança do nosso paradigma de (i)mobilidade urbana. No afã de preparar a cidade para o espetáculo das olimpíadas, a prefeitura projeta corredores exclusivos de ônibus, e esta exclusividade pinta de verde (pelo argumento ecológico) e adiciona mais endorfina (pelo patriotismo esportista) à exclusão de vários moradores pobres de suas casas. Afinal, a cidade, tal qual o sangue nas veias dos esportistas, precisa circular! E rápido! A história da adequação de nossas cidades ao veículo automotor se funde e se confunde com a urbanização brasileira e com o processo de modernização conservadora. Paralelamente a esse processo, desenvolveuse nas cidades a ascensão do transporte coletivo por ônibus, uma vez que este transporte não era para os eleitos nesta sociedade. Este mesmo processo gestou um subproduto: o oligopólio do ônibus. Nosso intuito foi de revelar a problemática: o desenvolvimento da (i)mobilidade urbana e a produção do espaço. Para isto, revisitamos a literatura acerca da evolução urbana do Rio de Janeiro (Abreu) paralelamente ao desenvolvimento do transporte. Utilizando como ponto de chegada empírico os projetos de mobilidade urbana defendidos pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, no contexto de preparação da cidade para a copa de 2014 e os Jogos olímpicos de 2016. A hipótese teórica que perseguimos, é de que a crise de mobilidade abre espaço, no plano das representações, a projetos outros, mas que retornam a afirmar mais do mesmo: a produção do espaço como (re)produção das relações de produção (Lefebvre, 1973). Neste caso, esta hipótese aponta para o contrário do dito no discurso: tais estruturas reforçam a dispersão na cidade e, neste sentido, reforçam o uso do automóvel particular. |