Efeito do P, K, Ca no crescimento da parte aérea da laranjeira “Pera Rio” (Citrus sinensis (L.) Osbeck) em latossolo vermelho escuro fase cerrado

• Ano de defesa: 1977
• Autor(a) principal: Souza, Maurício de
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: CÁLCIO; CRESCIMENTO VEGETAL; FÓSFORO; LARANJA PERA RIO; LATOSSOLO VERMELHO-ESCURO; POTÁSSIO; SOLO DE CERRADO
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20240301-144514/

A implantação de centenas de milhares de citráceas nos solos sob vegetação de cerrado, próximos à bacia da Hidroelétrica de Furnas, no sul de Minas Gerais, despertou a necessidade de estudos locais de nutrição mineral e adubação. Tais estudos fizeram-se sentir, porque os solos possuem baixa fertilidade caracterizada principalmente pelos baixos níveis de fósforo (P), cálcio (Ca++), alto teor de alumínio (Al+++ ) e pelo pH baixo. O objetivo experimental foi de determinar o efeito do P, potássio (K) e Ca na laranjeira “Pera Rio”, enxertada em limoeiro cravo, durante os três primeiros anos após o plantio em Latossolo Vermelho Escuro (LVE), d ase cerrado. O experimento foi instalado na fazenda Vitória, propriedade da empresa, Ipanema Agro-Indústria S.A., em Alfenas, Estado de Minas Gerais. O delineamento utilizado foi um fatorial 43 com confundimento, sem repetições. Os quatro níveis de cada um dos elementos (0, 1, 2 e 4) foram escolhidos tomando o nível 2 como médio este por sua vez, correspondeu ao dobro do nivel 1 e à metade do nível 4. As quantidades por planta correspondentes ao nível médio (Nível 2), foram as seguintes: 120 g de P2O5, 60g de K2O e 500 g de CaO aplicados na cava antes de plantio; 60 g de P2O5, 60 g de K2O e 125 g de CaO aplicados em cobertura no ano agrícola 1974/75; 100 g de P2O5, 90 g de K2O e 170 g de CaO aplicados em cobertura no ano agrícola 1975/76. As fontes de P, K e Ca foram o superfosfato simples, o cloreto de potássio e o calcário calcítico, respectivamente. As mudas foram plantadas em 22/04/73 e as avaliações foram realizadas de 6 em 6 meses, a partir de 3 meses do plantio, com exceção daquelas relacionadas com os teores de elementos no solo superficial e nos, frutos. Estas foram coletadas em uma só vez, respectivamente, em jan. e mar. de 1976 (33 e 35 meses após o plantio). Nas condições experimentais, entre os macronutrientes aplica- dos, o P foi o mais atuante em todas as características. Promoveu o aumento dos diâmetros do caule e da copa e a altura da laranjeira "Pera Rio”, a partir de 3 meses do plantio no campo até, aproximadamente, três anos. A aplicação de K somente aumentou o diâmetro da copa medido aos 9 e 21 meses e a altura da laranjeira aos 21 meses após o plantio. Não se constatou do Ca no crescimento da parte aérea da laranjeira. O P aplicado aumentou a concentração de Pede Ca na folha e no fruto e, reduziu a concentração de nitrogênio (N) e de K na folha. O K aumentou a concentração de K e reduziu a de Ca tanto na folha como no fruto. O Ca aumentou o P e reduziu o K na folha. O P aumentou o número e peso médio por planta e os diâmetros dos frutos verdes. O K e o Ca não causaram efeito na produção ou nas dimensões dos frutos verdes. O P aumentou a concentração de Ca+++ Magnésio (Mg++) no solo e os valores do pH, tanto nas amostras de terra de 0-20 cm como de 20-40 cm de profundidade. O K e o Ca não causaram efeito significativo nas características químicas do solo.