Caracterização da neuroinvasividade do SARS-CoV-2 e dos efeitos neuroprotetores do canabidiol em um modelo in vitro utilizando o sistema celular SH-SY5Y

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Isabela Pires dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17133/tde-09092022-091724/
Resumo: Passados dois anos do início da pandemia de COVID-19, estudos apontam que a doença pode acarretar sintomas sistêmicos no corpo humano. Além da sintomatologia clássica respiratória, a patologia vem sendo associada a disfunções cardiovasculares, metabólicas e neurológicas. Os sinais de acometimento do Sistema Nervoso Central costumam surgir durante a fase aguda da infecção, todavia, a persistência dos sintomas neurológicos, além do desencadeamento de distúrbios neuropsiquiátricos após a resolução do quadro, vem chamando atenção de médicos e pesquisadores. Nota-se, portanto, a importância da melhor elucidação do neurotropismo e do potencial de neuroinvasividade do SARS-CoV-2, bem da busca por fármacos que ofereçam a neuroproteção contra danos neurológicos a longo prazo relacionados com a doença. O presente estudo investigou a neuroinvasividade do SARS-CoV-2 em amostras post-mortem de via olfatória de pacientes falecidos em decorrência de COVID-19 e, posteriormente, observou os efeitos do canabidiol em células de neuroblastoma humano (SH-SY5Y) infectadas pelo novo coronavírus. As amostras de pacientes foram submetidas aos ensaios de RT-PCR e de imunofluorescência, para a detecção da expressão de SARS-CoV-2. Foram também avaliadas quanto à expressão de citocinas inflamatórias, por meio de ensaios de RT-PCR e Dot Blot, que demonstraram a expressão de fatores inflamatórios tanto em amostras positivas, quanto em negativas para a expressão gênica de SARS-CoV-2. Células SH-SY5Y foram empregadas para um modelo in vitro de neuroinfecção por SARS-CoV-2 e tratadas com concentrações de 100 nM, 300nM, 1uM, 3uM e 10uM de CBD. Foram submetidas a ensaios de RT-PCR, viabilidade e proliferação celular. Os resultados sugerem que o CBD não exerça efeito virucida relevante, porém, na concentração de 1uM, apresentou efeito pró-neurogênico. Os resultados sugerem que o CBD exerça efeito neuroprotetor sobre a linhagem celular testada em presença de SARSCoV-2.