Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Santos, Camila Cristina Silvestre dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-03092019-150006/
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Resumo: |
Este trabalho investiga o futuro subjuntivo em orações relativas restritivas no português brasileiro considerando noções de modo, tempo e aspecto. Partindo de Quer (1998, 2008), assumimos que o modo subjuntivo em orações relativas indica sempre uma leitura não-referencial/atributiva do antecedente e observamos que o futuro do subjuntivo nesse ambiente só é selecionado quando há alguma referência de futuro na matriz, como um verbo no futuro do presente ou um predicado intensional como querer. Para questões temporais, tomamos por base a teoria referencial de tempo de Partee (1993) e o conceito de tempo de tópico de Klein (1994, 2009) e propomos que o futuro do subjuntivo deve ser considerado um tempo referencial não-passado a) relacionado a um tempo de tópico evidente no contexto; b) concomitante ou posterior ao momento de fala; c) também concomitante ou anterior ao tempo da matriz, nunca posterior a ele. Abordamos as classes de aspecto lexical propostas por Vendler (1957) para investigar os contrastes entre presente e futuro do subjuntivo em orações relativas, duas formas subjuntivas que autores como Comrie e Holmback (1984) e Marques (2010) consideram competidoras entre si no sistema verbal do português. Concluímos que o contraste entre eles pode parecer pouco relevante a princípio, em especial em casos de predicados estativos, mas que ele se torna mais claro à medida em que se evidencia o tempo de tópico relacionado ao futuro do subjuntivo. Por último, com fins descritivos, voltamos nossa atenção a noções de aspecto gramatical, partindo da relação entre o tempo de situação e o tempo de tópico também proposta por Klein (1994, 2009) para definir o futuro do subjuntivo como um tempo referencial não-passado em que, em oposição aos tempos pretéritos do português, não há marcação morfológica de aspecto perfectivo ou imperfectivo. |