Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos, Camila Cristina Silvestre dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-16012025-112546/
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Resumo: |
A partir da estrutura condicional do tipo se p, q, os objetivos gerais desta tese são explorar a relação entre antecedente e momento de fala a partir de noções de temporalidade (concomitância, antecedência e precedência de um em relação ao outro) e de factualidade (tomando-se o antecedente como factual, contrafactual ou hipotético) descrevendo como as diferentes formas verbais (indicativas e subjuntivas, simples e perifrásticas) se organizam para a expressão dessas duas noções combinadas no antecedente de condicionais no português brasileiro (PB). Nosso objetivo específico é propor uma análise baseada em conceitos semântico-pragmáticos para os contrastes de significado entre antecedentes no presente do indicativo, pretérito imperfeito do subjuntivo e futuro simples e perifrástico do subjuntivo em condicionais hipotéticas sobre o futuro. A metodologia consiste no julgamento introspectivo de sentenças. Concluímos que o presente do indicativo conserva no antecedente desse tipo de condicional as mesmas propriedades que apresenta em orações simples, podendo ter um uso de presente futurado, associado a situações determinadas no momento de fala, além de usos não-canônicos atestados também fora da condicional. Já o uso do pretérito imperfeito do subjuntivo no antecedente de condicionais hipotéticas sobre o futuro, comumente associado a antecedentes em que se descrevem hipóteses de realização remota ou de baixa probabilidade, pode estar relacionado a outras noções, como a normalidade da situação descrita ou os desejos do falante. O futuro simples do subjuntivo, por sua vez, é uma forma neutra quanto à (in)determinação, à probabilidade de realização e à normalidade da situação no antecedente ou aos desejos do falante, apenas descrevendo no antecedente da condicional hipotética uma condição suficiente para que o consequente se realize. Por fim, o futuro perifrástico do subjuntivo é mais específico: ele estabelece um tempo de tópico futuro em relação ao momento de fala a partir do qual a situação descrita pelo verbo se dará ainda mais no futuro |