Costumes e política no Discurso sobre a desigualdade, de Jean-Jacques Rousseau

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Spira, Luis Fabio Guerra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-07062019-115900/
Resumo: No primeiro capítulo do Discurso sobre a desigualdade, Rousseau define a natureza como ordem; no segundo, a história é por ele definida como desordem a se consubstanciar em movimento de degeneração concernente aos costumes e à moralidade; dessa forma, a antropologia fornece uma norma que permite julgar os homens e as instituições humanas em função de um afastamento maior ou menor, de uma degradação maior ou menor, perante o original prescrito pela natureza; ademais, a antropologia fornece à política o modelo a ser imitado pelo legislador, que, por meio de uma arte aperfeiçoada, tentará repor uma ordem e evitar a degeneração da espécie humana e de suas instituições. Se a queda na história é uma questão de costumes, evitar a queda também o é, porquanto o legislador não consuma sua obra senão por meio da ação sobre os costumes, de que decorre uma imbricação entre costumes e política na obra de Rousseau.