O dilema abundância-generalização explicado pela Hipótese Integradora da Especialização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Bustamante, Sebastian Montoya
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-13062024-151910/
Resumo: As espécies são abundantes porque possuem um alto grau de generalização? Ou apresentam um alto grau de generalização porque são abundantes? Por um lado, espécies com elevados graus de generalização poderiam tornar-se altamente abundantes porque a utilização de uma ampla variedade de recursos significaria uma vantagem seletiva sobre espécies menos generalizadas. Por outro lado, espécies altamente abundantes têm maior probabilidade de encontrar recursos, o que significaria que seu grau de generalização poderia ser maior devido à sua abundância. Essa relação causal entre a abundância de uma espécie e o seu grau de generalização, também conhecida como o dilema abundância-generalização, tem assombrado as mentes dos ecólogos nas últimas décadas. Embora as primeiras evidências sugerissem que uma alta abundância levaria a altos graus de generalização, métodos mais refinados levaram à conclusão oposta. Contudo, ambos os processos por detrás das diferentes perspectivas desse dilema não são mutuamente exclusivos, indicando que defender uma perspectiva dominante pode nos impedir de entender a verdadeira relação causal. Nesta tese, empregamos a recentemente proposta Hipótese Integradora da Especialização (IHS, na sigla em inglês) para demonstrar uma conexão entre a heterogeneidade de recursos e a força da influência da abundância de uma espécie sobre o seu grau de generalização. Antes de nos aprofundarmos no estudo do dilema em questão, primeiro focamos em compreender a generalização nas interações consumidor-recurso e a melhor maneira de estimar o grau de generalização de uma espécie. Assim, esta tese está dividida em três capítulos. No primeiro capítulo, estudamos o desempenho de diferentes índices para estimar o grau de generalização de um consumidor. Descobrimos que nenhum índice publicado é plenamente adequado para esta tarefa, então propusemos um novo índice que supera os anteriores nas condições avaliadas. No segundo capítulo, baseamo-nos nas conclusões do primeiro para demonstrar que dois conceitos ecológicos generalização e oportunismo do consumidor, muitas vezes considerados equivalentes não são iguais. No terceiro capítulo, com uma compreensão mais acurada do que é a generalização e de como estimar o grau de generalização de um consumidor, aprofundamo-nos no dilema estudado, usando o novo índice proposto no primeiro capítulo, junto com as conclusões teóricas do segundo, a fim de compreender nossas descobertas à luz da IHS.