Museus de Plástico: entre sacolas, movimentos e experiências

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Porto, Francisco de Assis Cavalcante
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-06062024-085146/
Resumo: O arcabouço deste trabalho se organiza a partir da investigação do plástico, seja como matéria de trabalho artístico, conceito físico, possibilidade criativa e de imaginação. O ponto de partida é a pesquisa de trabalhos de arte e projetos cujas existências criam tensões e deformações plásticas nos conceitos e práticas dos museus. Essas deformações se configuram como subversões de usos já preestabelecidos, rupturas temporais, transformações espaciais, fissuras nas regras tradicionais e são fundamentais para a reflexão, investigação sobre a musealização da arte e a experiência nos museus. A pesquisa também se posiciona em torno dos diálogos e interferências da atuação artística nas camadas que compõem a institucionalidade dos museus: suas práticas de preservação e de conservação, suas práticas de coleção, seus públicos, suas arquiteturas e seus territórios. Portanto, o plástico e o conceito de plasticidade se apresentam no texto através de uma montagem curatorial de obras de arte que, em conjunto, conformam uma perspectiva crítica das relações entre a arte contemporânea, museologia e a arquitetura dos museus. Além dos trabalhos de arte, é de extrema importância o estudo e análise dos textos teóricos elaborados a partir da reflexão sobre a fisionomia dos museus, da arte e de seus diálogos cruzados na contemporaneidade, entendendo o museu como um lugar de muitas contradições, ao mesmo tempo que pode ser um lugar fecundo como espaço de criação. As obras, projetos e intervenções investigadas buscam colocar centralidades nos elementos como o contexto político ou urbano, o substrato arquitetônico espacial, a lógica de fruição e experiência, de modo a questionar e provocar alterações na vivência e uso dos museus pelos seus trabalhadores, públicos e artistas. Assim, o conceito e funções tradicionais dos museus passam a ser ampliados ou questionados, passando por reformulações e atualizações.