Resumo: |
Esta tese analisa como se deram as múltiplas relações intelectuais entre o mexicano Leopoldo Zea, o uruguaio Arturo Ardao e o brasileiro João Cruz Costa. Por meio da investigação de seus itinerários e, principalmente, de suas produções intelectuais, entre as décadas de 1930 e 1970, buscamos identificar conexões e estabelecer comparações entre suas escritas de história das ideias filosóficas. As principais fontes da pesquisa foram suas obras e artigos, mas também fizemos uso de atas de reuniões, listas de recomendações construídas em eventos, resoluções aprovadas em instituições, textos autobiográficos, entrevistas, prefácios, resenhas de livros e correspondências. Nossa análise adotou uma perspectiva diacrônica e sincrônica, buscando captar as mudanças e permanências, bem como as similitudes e as especificidades, as aproximações e os distanciamentos. Isso possibilitou perceber diferenças nos usos de termos, fontes, temas e concepções teórico-filosóficas, mas, principalmente, mostrou que existiram muitas afinidades intelectuais que deram forma a uma verdadeira rede de intelectuais. A ideia da produção de uma filosofia própria da América Latina estava na base de quase todas suas obras, levando-os a elaborar interpretações da história relacionadas a discursos de forte conotação identitária nacional e/ou latino-americana. |
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