Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Silva, Luis Fernando de Matheus e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-15122008-112629/
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Resumo: |
A Serra Gaúcha, localizada na região nordeste do Rio Grande do Sul, desde o início do século XX, é tida como a maior e mais conceituada área produtora de uva e de vinhos do Brasil, mais especificamente os municípios de colonização italiana antiga como Antonio Prado, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Garibaldi, Flores da Cunha e Monte Belo do Sul. Nos últimos trinta anos, uma série de mudanças afetou o mercado de vinhos, tornando-o mais competitivo e internacionalizado, levando as empresas aí instaladas a valorizar aspectos de sua produção que as diferenciassem e mantivessem sua posição de destaque no mercado nacional. Acompanhando uma tendência verificada em escala mundial, foram valorizados aspectos naturais ou aqueles que dizem respeito à cultura e/ou à tradição de origem italiana, característicos da região. Essa valorização do local e de suas particularidades, promovida num contexto de globalização neoliberal do capitalismo, contribuiu para que a área produtora de uva e de vinhos da Serra Gaúcha fosse fetichizada, o que resultou numa maior importância do turismo, que, neste momento e naquele lugar, passou a exercer um papel-chave, azeitando as engrenagens e ajudando no bom funcionamento do motor do capital. Vinícolas, poder público, camponeses, etc. passaram a enxergar no turismo, uma possibilidade de ampliar seus lucros ou rendimentos. Dessa forma, à partir do legado cultural transmitido pela imigração italiana, ao lado dos parreirais, vinícolas, fábricas e pequenas propriedades camponesas, o espaço agrário da área de produção vitivinícola da Serra Gaúcha recebeu a instalação de diversos roteiros turísticos, hotéis, pousadas, restaurantes e demais estruturas ou serviços voltados aos visitantes, transformando o caráter original daquele lugar - que passa a articular-se com os centros urbanos não somente como fornecedor de gêneros agrícolas, mas, agora também, como destinação turística. |